Levantamento feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) mostra que os atrasos e as constantes reclamações em relação à qualidade dos serviços prestados passam também pelo aumento da frota de veículos. Isso mesmo. De todos eles. Estudo feito pelo Sindicato mostra que, entre 1990 e 2009, a frota do transporte coletivo da cidade aumentou 44% - eram 250 veículos e hoje são 360. Em teoria, comparando esse número com o aumento populacional (de 255 mil habitantes para 309 mil – crescimento de 21%), o número atual seria suficiente, mas, segundo os representantes das empresas, a frota de veículos em circulação no município aumentou muito mais, desequilibrando o sistema. No ano passado eram 114 mil veículos, 185% a mais do que em 1990, quando havia nas ruas da cidade 40 mil automóveis. Para solucionar os problemas do setor, as empresas defendem uma série de medidas, entre elas a melhoria da eficiência e eficácia da rede de transporte coletivo e a desoneração ou subsídio aos principais insumos, redução dos tributos diretos e encargos sociais. Eles também querem o custeio extra-tarifário das gratuidades e descontos, como acontece, por exemplo, em municípios como Macaé, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Cabo Frio e Campos. Nessas cidades o subsídio municipal varia entre R$ 698 mil a 2,7 milhões.
Fonte: Tribuna de Petrópolis, 13 de abril de 2010.
