O presidente de honra do PHS Philippe Guédon, argumentou que a nova distribuição dos royalties do petróleo não deve preocupar a cidade. Segundo Guédon, os petropolitanos têm, pelo menos, dois fortes motivos para não ver com inquietação a possibilidade de Petrópolis perder cerca de R$ 5 milhões anuais. Primeiro, porque “dificilmente a emenda será aprovada”, já que pode ser vetada pelo Senado, pelo presidente Lula ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E, segundo, porque o valor é pequeno em comparação com o orçamento municipal.
Ele ainda disse que, mesmo se a emenda fosse aprovada, a cidade teria condições de se manter sem esses recursos.
“As contas de 2008 foram aprovadas na semana passada indicando um orçamento de R$ 706 milhões. E, se as contas foram aprovadas, é porque estavam certas, não é mesmo? Então esses R$ 5 milhões não são nada, são cerca de 0.7% da verba municipal. Em relação ao orçamento de 2009, de R$ 463 milhões, esses R$ 5 milhões não chegam a 1% da verba total. Basta conseguirmos gerir os 99% restantes”, disse Guedon, ironizando a aprovação das contas de 2008.
Para Philippe Guedon, o mais preocupante é o déficit previdenciário de R$ 1,78 bilhão previsto para 2042 pela Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO)
“Não faz muito sentido todo mundo ficar preocupado com esses R$ 5 milhões, porque não mudaria em nada a realidade de Petrópolis. É muito mais inquietante o déficit previsto para 2042 pela LDO do ano passado. O valor de T% 1,78 bilhão corresponde a quatro orçamentos da cidade. Ou seja, a cidade não poderia gastar nada durante quatro anos para pagar essa dívida. É um buraco negro que pode engolir a cidade, mas ninguém dá a mínima”, analisou Guedon.
Fonte: Tribuna de Petrópolis, 16 de março de 2010.
