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  Mais dois vereadores investigados por irregularidades na Câmara voltam ao Legislativo Municipal

Data: 20/05/2020

 

Mais dois vereadores investigados por irregularidades na Câmara voltam ao Legislativo Municipal

Tribuna de Petrópolis


Os vereadores Reinaldo Meirelles e Wanderley Taboada, que estavam afastados da Câmara Municipal de Petrópolis desde janeiro do ano passado, foram reconduzidos aos cargos nesta quartafeira (20). Os dois ganharam na Justiça o direito de reassumirem as cadeiras, assim como Luizinho Sorriso e Ronaldão, que também conseguiram habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e voltaram ao Legislativo Municipal.

Os quatro, embora de volta aos seus postos, são réus em processo que investiga o pagamento de propina pelo então presidente da Casa, vereador Paulo Igor, em troca de apoio político. Paulo Igor também é investigado, mas, de todos, foi o único que não conseguiu autorização para retornar à Câmara. Isso porque também é réu em outras ações, incluindo uma que apura tentativa de atrapalhar as investigações.

Com a volta de Meirelles e Taboada, os suplentes Jamil Sabrá e Marcelo Chitão deixaram os cargos. Nesta quarta-feira, os dois titulares participaram da primeira sessão legislativa após o retorno. A sessão foi presidida pelo presidente da Casa, vereador Hingo Hammes, que assumiu cadeira na Câmara após o afastamento dos palamentares, no início de 2019.

Com as novas decisões judiciais, a Câmara Municipal de Petrópolis, que já teve sete vereadores titulares afastados por suspeitas de irregularidades, fica com apenas dois parlamentares titulares fora de suas funções. Paulo Igor, que é réu em três processos, e Roni Medeiros, que é investigado em processo que apura a existência de funcionários fantasmas na legislatura 2013-2016.

Sem os dois, os suplentes Hingo Hammes e Justino do Raio X seguem na Casa


STJ nega pedido de retorno de Paulo Igor à Câmara Municipal de Petrópolis

Janaina do Carmo/Tribuna de Petrópolis - Terça Feira, 19 de Maio de 2020


O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido feito pelo vereador Paulo Igor de retornar à Câmara Municipal de Petrópolis. A decisão é da ministra Laurita Vaz, que foi publicada na segundafeira (18). No texto, ela baseia sua decisão citando um outro processo contra Paulo Igor, que investiga um “crime de embaraço” por parte dele para dificultar as investigações sobre um esquema de corrupção dentro da casa legislativa.

A ministra ressaltou, no texto, que a suspensão da função pública do vereador, ocorrida em setembro de 2019, “não foi motivada tão somente em razão do deferimento do pedido de extensão do habeas corpus, mas em razão da existência de um terceiro procedimento investigatório em andamento”.

O pedido da defesa do Paulo Igor tinha como base a decisão da ministra que concedeu, em abril, habeas corpus para os vereadores Luizinho Sorriso e Ronaldão, também afastados por envolvimento no esquema de corrupção dentro da Câmara Municipal. A defesa pedia a extensão dos efeitos do habeas corpus para que o ex-presidente do Legislativo pudesse retornar às suas funções. O advogado Afonso Destri informou à Tribuna que irá recorrer da decisão.

O ex-presidente da Câmara Municipal está afastado há quase três anos. Durante as investigações, foram encontrados na casa dele R$ 155 mil e US$ 10,3 mil. Parte deste dinheiro estava escondida no compartimento do motor da banheira de hidromassagem, separado em maços com papéis que informavam iniciais de nomes que, segundo o Ministério Público, indicavam os vereadores que receberiam o montante.

Para o Ministério Público, os vereadores recebiam a propina em troca de apoio político. A descoberta do dinheiro gerou o afastamento, em 2019, de quatro vereadores – Luizinho Sorriso, Ronaldão, Meirelles e Wanderley Taboada – por peculato. Todos já conseguiram habeas corpus para retornarem as funções na Câmara Municipal.



Fotos:
DADOS MUNICIPAIS
Vereadores Reinaldo Meirelles e Wanderley Taboada
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Ex-vereador Paulo Igor


 

 

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