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  O BRADO DE PETRÓPOLIS - ANO VII Nº 78 - Junho.2020: Pró-Gestão Participativa

Data: 15/06/2020

 

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O BRADO DE PETRÓPOLIS - Pró-Gestão Participativa: ANO VII - Nº 78

Boletim mensal dedicado à prática da Gestão Participativa - 15 de Junho de 2020

Redação: Philippe Guédon *

 

1º BRADO: O COVID-19 E SUAS FASES

 

Beleza pura, somos autônomos nos Municípios, o que implica usarmos a devida inteligência para harmonizarmos as etapas do combate contra o COVID-19 com o Governo Federal, o nosso Estado e os Municípios vizinhos, que é para não desperdiçarmos recursos e tempo. A primeira providência é separarmos as preocupações eleitorais/eleitoreiras de outubro (ou mais adiante um pouco) da boa Administração em tempos de pandemia devastadora, lamentando a inércia das inúteis siglas partidárias, tais como foram concebidas entre nós com as raras exceções de praxe (5 ou 6 em 33). A primeira fase do COVID-19 tem seu início na primeira constatação de caso confirmado, e é o momento da primazia da adequação do SUS e rede particular, da informação sobre todas as opções feitas no Exterior, do inventário de nossos recursos médicos, de enfermagem, de leitos hospitalares de atendimento e de UTI, do estado e número dos equipamentos, dos materiais de proteção individual dos profissionais, das ambulâncias, dos medicamentos existentes que posam ajudar, das medidas de higiene e de proteção. E da Economia, pois o confinamento de qualquer grau implica em ruptura de renda, e há toda uma faixa da população que não sobrevive ao corte de receitas diárias ou semanais, o que dirá mensais. Se pensarmos bem, o Brasil reagiu bem nos dois campos, sendo o seu ponto fraco a triste falta de coordenação política. Culpa de todos os envolvidos; não é tempo de apontar dedo, é tempo de corrigir o rumo e acentuar as ações corretas.

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=exibemateria&secao=34&subsecao=&id=8712&uid=

 

2º BRADO: SAÚDE OU ECONOMIA

 

Pode haver debates estéreis, este parece ser o campeão. A guerra ao COVID-19 tem dois fronts, constatação ainda mais evidente nos países que contam com importantes segmentos de habitantes com renda de pobreza e, vezes demais, de miséria. Uma reflexão de cinco minutos por parte de uma pessoa dotada de razoável bom-senso deixará claro que as normas básicas devem ser ditadas pela área da Saúde, provavelmente todas tendo reflexos na área da Economia: o inventário dos recursos da Saúde irá apontar carências, o que implica em compras e contratações. Quando todos os países correm atrás dos mesmos insumos, estes tendem a ser objeto de aumentos e de manobras internacionais sórdidas, o que reflete nos preços. As características da doença, a demanda por leitos, as condições de contágio, as armas para o combate, são todas definidas por quem entende do riscado na área da Saúde. Mas cada medida tem o seu reflexo traduzido em reais... Por outro lado, se o contágio apresenta risco alto, a Saúde informará o como e o porquê; e a Economia deverá adotar as medidas necessárias junto às fábricas, lojas, escritórios e estabelecimentos de ensino... E tudo tem um custo. Custo é com a Economia.

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=exibemateria&secao=28&subsecao=117&id=8733&uid=

 

3º BRADO: NÃO HÁ ECONOMIA SEM SAÚDE, NEM SAÚDE SEM ECONOMIA

 

Além de disponibilizar os recursos adicionais de que a Saúde necessitará e que, quase certamente não estavam previstos nos Orçamentos elaborados em agosto – a pandemia surgiu no finalzinho de 2019 – todas as medidas de distanciamento social implicam em duros golpes na economia. Restringir transportes afeta a venda de veículos, de combustível, empregos numerosos, e também alcança o pessoal das lojas nos postos, aeroportos, rodoviárias, os pedágios, borracheiros, mecânicos... Confinar é limitar a produção e o consumo, mudar hábitos e cortar renda. E gerar um imenso problema social, pois o Brasil tem duas economias, a oficial e a subterrânea, esta do Brasil invisível dos sem emprego, dos jeitinhos, dos informais. E, agora, acrescidos dos que perderam renda, parcial ou total. E aglomerações onde o distanciamento social é inviável, e não se trata de pouca gente. Não há como priorizar, neste momento, qual das areas, Saúde e Emprego, Trabalho, Economia, é o mais grave. Pois todos afetam gravemente a vida da Nação. Verdade que as classes sociais mais abonadas se preocupam mais com a Saúde do que com a Economia imediata, por disporem de rendas ou reservas; já, os deserdados, entre o risco de contágio e a dispensa vazia, temem a ambos, como temem os riscos de desabamento, o esgoto a céu aberto, a falta de água, o atendimento á saúde distante. É a tal coisa: se ficar, o bicho morde, se correr, o bicho pega. As duas áreas merecem atenção máxima e coordenada. Ora, por favor: em caso de conflito armado, o que será mais importante: tropas aguerridas e motivadas, ou a logística de alimentos e munições? Perder dez minutos com este debate       é fria. Ambos, e desde logo.

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=exibemateria&secao=28&subsecao=117&id=8735&uid=

 

4º BRADO: FASE INTERMEDIÁRIA

 

Adequadamente enfrentado o inimigo COVID-19, por medidas de emergência na Saúde e na Economia, é hora do retorno gradual à normalidade. Cada país terá a sua situação peculiar, não há receita universal do bolo. Mas a Saúde já deu duas dicas fundamentais, que devem ser observadas. A primeira: o indivíduo que sofre o contágio, leva uma média de três dias de incubação, antes de se tornar um transmissor potencial; é o chamado período de latência (o vírus permanece latente). Este “ponto fraco” do vírus precisa ser explorado. A segunda: até a chegada da vacina, todos os esforços devem ser envidados no sentido de colocar a proporção do contágio abaixo de um. Ou seja: cada contagiado deve ser vetor do vírus para menos de uma outra pessoa (em média, claro). Quando chegarmos a este patamar, estaremos no caminho da erradicação da pandemia. Ora, o Instituto Weizmann, de Israel, acaba de divulgar um estudo de uma fórmula de retorno gradual ao trabalho e à normalidade, que se mostrou capaz, em estudos de computação avançada, de assegurar um grau de contágio abaixo de 1 por infectado. Extraordinário, vindo de quem vem, um centro de excelência em pesquisas, respeitado no mundo todo.

 

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5º BRADO: 10-4, O MÉTODO PROPOSTO PELO WEIZMANN

 

Pelo método proposto, as pessoas, adultos e crianças, trabalhariam quatro dias e permaneceriam confinados por dez. Os meios de produção retomariam o seu ritmo adequado aos turnos, de modo ininterrupto. Haveria, logicamente, muito menos gente nas ruas e meios de transporte. A norma foi exaustivamente testada em cálculos computacionais e conduziram, regularmente, à índices de transmissão abaixo de 1. O modelo foi objeto de reportagens pela BBC News, pelo NewYork Times e Les Échos da França (e outros que não me chegaram aos olhos e ouvidos). É uma forma de enlace entre ciência e emprego, saúde e economia, trabalho e atendimento médico-hospitalar; em vez de discussões nem sempre bem embasadas, ciência nos dois aspectos. O BRADO orgulha-se de poder fazer a sua modesta parte para informar sobre o estudo de Israel, do Professor Uri Alon do Instituto Weizmann, esta regra “10 – 4”. Na Internet, com essas palavras chave, ou ainda “confinamento intermitente”, encontra-se muita informação sobre as fontes acima e da Globo, UOL, Época. Pode ser aplicável à nossa realidade, ou não; o que nos parece pena é não trazer o estudo à lume. Feito, pois, nas páginas virtuais e sem ambição d’O BRADO de Petrópolis. E assim, em paz e harmonia, minimizados os problemas, chegaríamos à terceira fase, a Nova Normalidade. Com um acervo nada desprezível: teríamos recorrido à Ciência e ao somatório de esforços para cuidar da Saúde e do Trabalho e Produção, e não mais aos estéreis debates que visam mais a consolidação de ambições políticas. Para que recorrer à moda boi, se podemos usar o saber da excelência mundial?

 

Para mais detalhes, acessem os “Brados” em nosso portal Dados Municipais:

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=listasubsecoes&secao=41

 

 

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* Coordenador da Frente Pró-Petrópolis: FPP




 

 

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