Assembleia decide por greve e obra da Serra para a partir de segunda-feira

Eric Andriolo - ericandriolo@diariodepetropolis.com.br

Os cerca de 400 trabalhadores da construção da nova pista de subida da Serra de Petrópolis decidiram ontem entrar em greve. O Consórcio Nova Subida da Serra, liderado pela Concer, tem até sexta-feira (6) para apresentar uma proposta de reajuste dos salários de pelo menos 11,31%, que é a inflação no período de litígio. Caso contrário, os operários vão cruzar os braços a partir de segunda-feira (9).

A assembleia ocorreu ontem no pedágio de Xerém, na pista de subida da BR-040, às 7h. Nela, o consórcio apresentou ao Sindicato dos Operários em Construção e Indústria (Siticommm) uma nova proposta de reajuste aos funcionários, de 7,5% aplicados aos salários e ao vale-alimentação. O valor é superior à proposta anterior, de 4%, mas foi rejeitado pelos trabalhadores. Eles exigem que os salários, o vale-alimentação e o PLR (Participação de Lucros e Resultados) sejam ajustados ao menos de acordo com a inflação.

Atualmente, há 400 operários na obra da Nova Subida da Serra mas, segundo o sindicato, a empresa já comunicou que esse contingente vai chegar a 300. Essa é uma fração da equipe original, que tinha 1500 pessoas. A obra está atrasada, prevista para ser terminada em 2017. Ainda falta a escavação de um túnel de 4,6 km (dos quais há pouco mais de 2 km estão terminados) e a construção de uma pista ligando o Bingen ao Quitandinha, que ainda não começou.

O Consórcio Nova Subida da Serra enviou nota ao Diário no qual afirmava: “continuamos negociando com o Sindicato para uma melhor solução para o caso e buscaremos esforços para evitar a greve”. O consórcio disse que uma eventual greve trará impacto no cronograma mas que o atraso só será mensurado após o final da paralisação. “Iremos avaliar se o tempo perdido poderá ser ou não ser recuperado”, disse a nota.