Justiça determina que 20% dos funcionários da obra da serra retornem aos trabalhos
Data: 05/05/2015
- Tribuna de Petróplis, Terça, 05 Maio 2015 18:16
Na tarde da última segunda-feira, o sindicato dos operários que trabalham na obra da Nova Subida da Serra de Petrópolis foi notificado pela Justiça, que pediu que 20% dos funcionários retornem aos canteiros de obra. A decisão foi muito criticada pelo presidente do Siticomm, Josimar Campos de Souza, pois, segundo ele, o Tribunal Regional do Trabalho estaria colocando em risco a vida desses profissionais que serão obrigados a trabalhar sem o auxílio dos outros operários.
Na tarde de hoje, uma nova audiência de conciliação foi realizada no TRT, no Rio, em busca de um entendimento entre as partes. Desde o dia 27, os cerca de 900 trabalhadores entraram em greve, pois reivindicam 10% de reajuste salarial e aumento de R$ 100 no vale-alimentação que, hoje, é de R$ 300. Apesar da liminar para que os operários retornem ao trabalho, é preciso que o Consórcio responsável pela obra indique os nomes dos funcionários que deverão voltar às atividades.
O presidente do sindicato disse que a desembargadora do TRT apresentou uma proposta conciliadora de 8,5%, que será apresentada hoje, durante assembleia com os trabalhadores. Ele contou ainda que o sindicato tem até segunda-feira para dar uma resposta e a partir dessa data passa a contar o prazo de cinco dias para o consórcio. Com relação aos funcionários que vão cumprir a determinação judicial, Josimar Campos disse que há vários trabalhando e que o restante cabe ao Consórcio ligar, “pois ele tem o contato dos trabalhadores e sabe quais são essenciais”.
Entenda mais
A greve teve início depois que os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo patronal de reajuste salarial de 7,13%. A categoria solicita 10% de aumento salarial e reajuste de R$100 no vale-alimentação, que atualmente é de R$ 300. As negociações começaram em dezembro e foram retomadas em janeiro, após o recesso de fim de ano. Desde então, o consórcio mantém a mesma proposta do patronal de reajuste, rejeitada pelos trabalhadores que começaram a negociação pedindo 21%. A última paralisação da categoria aconteceu em julho do ano passado, quando os trabalhadores ficaram 18 dias em greve por causa da negociação do valor do plano de saúde extensivo aos dependentes.