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  Moradores já começaram a ter as casas demolidas no Duarte da Silveira

Data: 24/12/2014

 

 

Moradores já começaram a ter as casas demolidas no Duarte da Silveira

 

Ariane Nascimento

 

O drama dos moradores no Duarte da Silveira, via que será o principal acesso para o desemboque de veículos vindos do Rio de Janeiro, após as obras da nova subida da serra, continua. Algumas residências da área, onde será a saída do túnel de quase cinco quilômetros, já foram desapropriadas enquanto outros moradores continuam com a falta de informações sobre o que será feito de seus imóveis. Além disso, aqueles que continuam, reclamam da falta de cuidados pela empresa que é responsável pela obra, a Concer, como o afundamento de pista, poeira excessiva e detonações de rochas de madrugada.

Os problemas dos moradores desde o início das obras da nova subida da serra e, principalmente, com o início das intervenções para a construção do túnel que terá quase cinco quilômetros, não têm fim. Na última semana terminou o prazo para a saída das pessoas que tiveram as casas desapropriadas para a continuação das obras. Os moradores foram indenizados de acordo com seus imóveis, alguns receberam R$ 150 mil enquanto outros receberam R$ 240 mil. 

“Sou a única que ainda estou aqui porque não consegui arrumar um imóvel e já estourei meu prazo. Minha casa aqui tem quatro quartos, sala, cozinha, banheiro. É muito difícil encontrar outro imóvel para morar tão rápido assim”, lamentou a aposentada Deia da Rocha, que mora no local há mais de 20 anos com seus dois filhos. Os imóveis ao redor da casa de Deia já começaram a ser derrubados. 

Os outros vizinhos, que a princípio não terão seus imóveis desapropriados, estão preocupados com o caminhar das obras, já que um engenheiro, da própria concessionária Concer, afirmou que as residências ficarão em área de risco devido às intervenções.

“Além de ter que conviver no meio dessa poeira toda e das constantes detonações que acontecem até de madrugada, não respeitam nem isso, agora ficamos na dúvida do que será feito com nossas residências. Temos medo de viver agora em área de risco porque uma grande obra vai passar a poucos metros de nossas casas com a construção da pista de desemboque para o túnel”, lamentou Pedro Batista.

O bairro se tornará o principal acesso a Petrópolis, com aumento significativo no fluxo de veículos. Segundo a Concer, concessionária que administra a BR-040, são cerca de 16 mil veículos fazendo o trajeto por dia. Mas os moradores da localidade estão preocupados com a falta de manutenção e infraestrutura na via para receber todo esse fluxo. O bairro, que é residencial, também abriga algumas grandes indústrias, como a GE Celma e a Carl Zeiss. Em determinados pontos é possível ver dos dois lados novas construções sendo formadas e não apenas de casas, mas de novos empreendimentos também. Na última semana, noticiamos as preocupações e reivindicações dos moradores de toda a rua, que se reuniram e fizeram um abaixo-assinado pedindo melhorias para a área.




 

 

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