Tribuna de Petrópolis, Quarta, 06 Agosto 2014 18:48

A falta de estrutura do Bingen, para onde será desviado o tráfego de carros, ônibus e caminhões com a conclusão da nova pista de subida da serra, é um dos assuntos que serão debatidos hoje, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A reunião, às 13h30, foi convocada pela Comissão Especial instituída pelo Parlamento para acompanhar a construção da nova pista e garantir melhorias na atual até que a nova estrutura seja concluída. 

Representantes da Concer, empresa que administra trecho de 180 quilômetros da BR-040 entre Rio-Petrópolis-Juiz de Fora, e do poder público municipal são aguardados pela comissão. Presidido pelo deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB), o grupo quer estudos de impacto urbano não só no Bingen como no Quitandinha, bairro que deixará de receber o fluxo da estrada.

A Comissão já tem em mãos o projeto da nova pista na íntegra. “Há questões, no entanto, como a desocupação de casas erguidas por pelo menos 30 famílias há mais de 30 anos e os impactos urbanos”, aponta Bernardo Rossi, frisando ainda a necessidade de conservação da pista atual até que a nova seja concluída, o cumprimento de prazos das obras e ainda a redução do valor do pedágio, hoje a R$ 8. A Comissão é formada ainda pelos deputados Luiz Paulo Corrêa da Rocha, Átila Nunes e Claise Maria.

São apenas 22 quilômetros, mas a obra de construção de uma nova pista de subida da serra se arrasta há 17 anos, desde que a concessionária que administra a via assumiu o trecho da rodovia.

“Consideramos que é uma obra emergencial para a economia da cidade, para o Turismo, para a indústria, comércio e prestadores de serviços. A cada ano um novo prazo é concedido. Queremos é garantia de que ela vai mesmo ser realizada e que o usuário não vai ser penalizado com aumento na tarifa de pedágio", afirma Bernardo Rossi. O deputado petropolitano denunciou a Concer ao Ministério Público Federal pelo não cumprimento do contrato não somente e função da nova pista, mas também pelo estado da atual.

“Estamos cobrando pavimentação de alta qualidade, socorro médico e mecânico rápido em caso de acidentes, painéis eletrônicos informando as condições de tráfego e até de clima e cabines telefônicas ao longo de toda a rodovia. Hoje, ao subir a Serra o motorista está ´sozinho´, entregue à própria sorte. Não há iluminação suficiente, nem telefones de emergência e sequer os telefones celulares têm sinal. Quando acontece acidente ou pane mecânica ele conta apenas com a solidariedade de outros motoristas", afirma Bernardo Rossi.