Petrópolis, 28 de Março de 2024.
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  Caminhoneiros farão paralisação

Data: 06/06/2014

 

Caminhoneiros farão paralisação

Profissionais de todo país reivindicam melhorias nas estradas federais. Em Petrópolis, eles pedem também, o fim das restrições aosfins de semana.

 

Os caminhoneiros de todo país anunciaram uma paralisação dos serviços a partir das 00h do dia 16 de junho. Eles reivindicam melhorias nas estradas federais. Em Petrópolis, os trabalhadores da região pedem ainda o fim da restrição da passagem de veículos de carga de três ou mais eixos pela Rodovia Washignton Luiz, BR-040 no trecho da Serra de Petrópolis.

As restrições já estão valendo há mais de um ano, mas segundo os caminhoneiros, não serviram para o real motivo pelo qual foi implantado, o de liberar a pista de subida durante os fins de semana. Além disso, a decisão que foi da Agência Nacional de TransportesTerrestres (ANTT), deixou algumas brechas na lei, que permitem a passagem de alguns veículos deste tipo, dependendo de sua carga, o que atrapalha também o trabalho de fiscalização que é feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Desde que foi implantada esta resolução, de nada adiantou. O intuito foi o de ajudar o comércio da cidade, que mesmo com a restrição continua em baixa. Ou seja, está mais do que provado que a culpa não é dos caminhões subindo a Serra nos fins de semana. Além disso, as brechas acabam fazendo com que a resolução não seja válida . Então vamos aproveitar o movimento nacional para mostrar também as nossas dificuldades”, disse Jorge Lisboa, representante da classe na região.

Os caminhoneiros pedem a redução do tempo de espera para as carretas em 50%, passando de seis horas para três horas de restrição. Além disso, eles querem também a liberação para passar em qualquer horário, para caminhões de até três eixos.

Segundo o chefe do Núcleo de Policiamento da 6ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Petrópolis, Márcio Goulart, neste período em que a resolução está em prática já foram aplicadas inúmeros multas já que os motoristas não respeitam a restrição. 

“O valor da multa é pequeno demais, de 80 ufirs, cerca de R$ 70,00. Atrasar a entrega da carga com certeza é mais caro que isso. Então para eles acaba sendo mais vantajoso desrespeitar a restrição e passar mesmo assim nos horários de proibição”, disse Goulart.

O chefe da delegacia da PRF de Petrópolis, Márcio Goulart, afirma que há horários como no caso de sexta-feira, quando a proibição é até as 22 horas, não seriam necessários.

“Se é para o funcionamento da Rua Teresa, por exemplo, as lojas não ficam abertas até este horário. E quem sobe a Serra de fato para realizar compras utiliza a estrada bem mais cedo que isso. Entendemos o pedido da população, mas a resolução precisa ser mais esclarecedora com relação a restrição de forma que funcione”, disse Goulart em entrevista à tribuna.

Na resolução, no artigo 2, há a lista de casos que não precisam cumprir a restrição. São: veículos precedidos de batedores, veículos destinados à socorro de incêndio e salvamento, veículos de socorro e emergência, carros de polícia, fiscalização e operação de trânsito, veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento, veículos tipo motoneta, motocicleta, triciclo e quadriciclo,ainda que com "side car" ou reboques acoplados,  veículos em transporte de animais vivos e em transporte de cargas perecíveis.

A restrição tem o objetivo de melhorar o fluxo para a Região Serrana e reduzir o risco de acidentes nesse trecho da BR-040, administrado pela Concer e está valendo desde o dia 8 de fevereiro de 2013. A proibição, articulada pela Secretaria estadual de Transportes, em parceria com a concessionária, a ANTT e a PRF, vale para o trecho entre o Km 101, em Duque de Caxias, e o Km 82, próximo ao Pórtico do Quitandinha, em Petrópolis.

Em Caxias, o motorista encontra dois retornos antes do trecho sob restrição: no Km 107, última saída antes da praça de pedágio de Xerém (situada no Km 104), e no Km 101, já no começo da subida da Serra de Petrópolis, antes do ponto inicial da restrição.

 

Ariane Nascimento

Redação Tribuna

 




 

 

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