Petrópolis, 16 de Abril de 2024.
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  Notícias da reunião na ALERJ sobre as obras da nova pista de subida da BR-040

Data: 26/12/2013

Desejando a todos os Amigos e Amigas uma boa recepção, e aproveitando para desejar, em nome da FPP, um Natal de Paz para todos e um Ano de 2.014 com a retomada da gestão participativa.

    Philippe Guédon

Deputados vão exigir que Concer dê manutenção à atual pista de subida

Criado em Quarta, 18 Dezembro 2013 09:17

 

Duas frentes de trabalho paralelas foram formadas pela Comissão Especial instituída pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) para fiscalizar as obras da nova pista de subida da serra. Uma vai tratar diretamente da execução da obra dos novos 20 quilômetros entre Rio e Petrópolis, e a segunda vai cobrar a manutenção emergencial das pistas atuais de subida e descida da serra. A falta de transparência nos dois processos ficou evidente na audiência pública promovida na Alerj nesta terça-feira (17.12). A Concer, empresa que administra a via, e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a quem cabe a fiscalização da concessão, não apresentaram o projeto completo de execução da nova via, nem o aditivo contratual que pode garantir recursos do governo federal.  A Agência também foi evasiva em prestar contas da fiscalização do contrato das pistas atuais em manutenção e aplicação de melhorias.

Da ANTT, será cobrado ainda um estudo de impacto urbano que a nova pista irá provocar em Petrópolis, previsto com encurtamento de distância com a capital, explosão imobiliária e ainda mudança do acesso principal ao município, que será transferido para o Bingen. Também ficou estabelecido que a concessionária vai receber, esclarecer e determinar prazos em área possível de desocupação, diretamente com as 30 famílias da Rua Luiz Winter, no Bingen, local que vai ser cruzado por um viaduto.

"É evidente a falta de transparência em todos os processos, desde a manutenção da estrada atual à construção da nova e o relacionamento da empresa com a cidade, com os moradores. Essa fase, que inclui a negligência da ANTT, a quem cabe a fiscalização, está encerrada. Só vamos admitir daqui para a frente transparência, objetividade e compromisso", afirma o deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB), presidente da comissão que conduziu a audiência realizada no Palácio Tiradentes.

Tendo à frente o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), engenheiro de formação, a Comissão vai instituir um grupo técnico para fazer um diagnóstico dos pontos críticos das pistas atuais. O estudo vai ser comparado com o que a ANTT vai apresentar formalmente à comissão, prevendo reparos emergenciais e um plano de melhorias, principalmente da pista de subida da serra pelos próximos três anos, prazo para que a nova via de acesso a Petrópolis fique pronta.

"Petrópolis não pode esperar três anos por uma nova estrada, sendo prejudicada em sua economia e na segurança dos usuários. As obras emergenciais precisam ser feitas de imediato", defende Luiz Paulo, relator da comissão. "A ANTT precisa fazer uma séria intervenção na situação atual e na construção da nova estrada, apresentando o estudo de crescimento de tráfego e o prazo de saturação da nova obra", afirma Átila Nunes (PSL), membro da comissão.

Concer foi beneficiada pela ANTT em 11 revisões

O aporte do governo federal, na ordem de R$ 700 milhões – o custo total da obra ultrapassa R$ 1 bilhão –, não está acertado formalmente, assim como não ficou clara a alteração no cronograma das obras da nova pista, divididas em cinco etapas, mas que foram iniciadas simultaneamente, quase na totalidade. O licenciamento ambiental que não analisou a existência de um aquífero, como será a conservação da atual pista de subida, que pode ser transformada em uma "estrada-parque", e os prazos da obra também são questões obscuras.

"O que existe hoje no site da empresa, que ela apresenta como projeto, é apenas uma simulação em vídeo do que será a nova estrada. Queremos o projeto na íntegra", defende Luiz Paulo. Em 17 anos, o contrato de concessão foi revisto 11 vezes e em todas a ANTT suprimiu obrigações que a concessionária deveria executar. A agência vai ter de mandar cumprir melhorias, manutenção e itens indispensáveis como iluminação. É o que estamos exigindo", completou Bernardo Rossi

Participaram da audiência representantes da sociedade como Renato Silva, da Frente Pró-Petrópolis, de entidades de classe como Marcelo Portela, da OAB-Petrópolis, e Isac de Oliveira, da Associação Fluminense de Transporte de Cargas. Delmo Pinho, subsecretário estadual de Transportes, também esteve presente, assim como empresários como Maria Inês Fontaine, da Casa do Alemão. 

Mudanças nos acessos é preocupação

A transferência do Quitandinha para o Bingen como principal entrada da cidade foi uma das preocupações dos vereadores Maurinho Branco (SDD), Roni Medeiros (PTB) e Silmar Fortes (PMDB), que representaram o Legislativo petropolitano na audiência. "A duplicação do Bingen já é obsoleta e não comportaria um tráfego vindo de uma autoestrada", considera Maurinho. Para Roni, o comércio e indústria do Quitandinha estão apreensivos: "Só agora começa a ficar claro que haverá consequências econômicas que podem ser negativas", pondera. Para Silmar Fortes, a desocupação de imóveis residenciais no Bingen precisa ser resolvida logo. "Não há como essas famílias viverem em compasso de espera".

Os vereadores cobraram ainda a instituição de uma comissão tripartite formada por agentes públicos, privados e representantes da sociedade que pode definir a atuação da Concer. Há seis meses, a empresa se comprometeu a estabelecer o organismo que até agora não saiu do papel. A comissão chega com 17 anos de atraso porque também faz parte das cláusulas contratuais de exploração da rodovia. "Urgente a comissão que pode concentrar todas as discussões e tem poder de decisão sobre a concessão", defende Jorge Lisboa, presidente da Associação dos Caminhoneiros do Brasil.

Moradores do Bingen foram representados pelo casal Josiane e Bruno Batista e por Aline Severino. E até mesmo para eles, que podem ser removidos de suas casas, a Concer não tem uma definição. "Pedimos mais paciência das famílias. O projeto está sendo alterado", admitiu Alcimar Penna, gerente de engenharia da Concer.

 

Deputado denuncia Concer à Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj

Criado em Terça, 24 Dezembro 2013 08:12

A Comissão Especial instituída pela Alerj para fiscalizar as obras da nova pista de subida da Serra está denunciando a Concer,   à Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia.

"A ideia é que a Comissão abra um procedimento e centralize todas as queixas de usuários da rodovia e possa ingressar com uma ação conjunta", afirma o presidente da Comissão, deputado Bernardo Rossi (PMDB).

A denúncia foi motivada pelo engarrafamento - mais um entre dezenas ao longo de 2013 - de mais de 15 quilômetros registrado na manhã de sábado (21.12) devido ao atraso de três horas que a empresa levou para remover da pista de subida um caminhão com pane mecânica. Os 180 minutos de espera fizeram o engarrafamento chegar até quase a praça de pedágio, em Caxias. Muita gente desistiu de seguir viagem e a quem já havia alcançado a serra, sem opção de retorno, só restou esperar a liberação da pista.

"O último sábado antes do Natal para o comércio é historicamente um dos dias de vendas mais aguardados do ano por conta de consumidores vindos de outras cidades.  E o que a Concer ofereceu a eles nesta data? Um congestionamento sem chance de retorno, sem banheiros ao longo da estrada, sem sequer um sinal de telefone. Irritou mais uma vez quem subia a serra a trabalho ou a lazer, prejudicou o comércio e fortaleceu a imagem de que não cuida do nosso principal acesso", reclama Bernardo Rossi. 

O parlamentar questiona ainda a falta de comunicação com o usuário. "Onde e de que forma as pessoas são avisadas sobre o fechamento da serra para que possam escolher deixar de prosseguir viagem ou buscar a Serra Velha?  Nem mesmo esse aviso é dado a quem tem um dos pedágios mais caros do país. No sábado, os usuários pagaram R$ 8 para ficar, ´confortavelmente´, parados por três horas na estrada. Cabe ressarcimento a cada lesado", afirma Bernardo Rossi. 

A Comissão Especial foi implementada pela Alerj para averiguar as obras da nova pista de subida da Serra, mas seus componentes abriram uma segunda frente de trabalho: cobrar melhorias nas pistas atuais, de subida e descida, com pavimentação precária e falta de sinalização. "A previsão é da obra durar três ou mais anos e não podemos contar neste período com o acesso atual em péssimas condições", justifica o deputado petropolitano. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),  a quem cabe a fiscalização da concessão, está sendo intimida a obrigar obras emergenciais. "Também vamos incluir que a agência fiscalize as operações como esta, de sábado, cobre eficiência e multe nos casos de negligência", aponta o deputado petropolitano. 

Em 40 quilômetros nas pistas de descida e subida, a média é de 500 acidentes a cada seis meses segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Este ano, nos três trechos da BR-040 que figuram entre os 100 mais perigosos de estradas federais do país, foram registradas 29 mortes, quatro delas na pista de descida, altura do quilômetro 90.

- A estrada vive hoje duas situações distintas e ambas graves: na pista de subida são caminhões enguiçados, tombados ou que ao tentar ultrapassagem por veículos grandes interrompem toda a estrada em manobras mal feitas. Na descida são acidentes graves, com mortes e feridos, carretas tombadas. E em ambas a situação é a mesma: pistas com defeitos, remendos, sem controle de velocidade, com iluminação insuficiente e nenhuma comunicação com o usuário. Vamos abrir todas as frentes possíveis, e a Defesa do Consumidor é uma delas, para que a concessionária torne a estrada segura e transitável", completa Bernardo Rossi.

 

Deputado denuncia Concer à Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj

Criado em Quarta, 25 Dezembro 2013 09:10

 

A Comissão Especial instituída pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para fiscalizar as obras da nova pista de subida da Serra está denunciando a Concer, concessionária que administra os 180 quilômetros entre Rio-Petrópolis-Juiz de Fora,  à Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia. "A ideia é que a Comissão abra um procedimento e centralize todas as queixas de usuários da rodovia e possa ingressar com uma ação conjunta", afirma o presidente da Comissão, deputado Bernardo Rossi (PMDB).

A denúncia foi motivada pelo engarrafamento - mais um entre dezenas ao longo de 2013 - de mais de 15 quilômetros registrado na manhã de sábado (21.12) devido ao atraso de três horas que a empresa levou para remover da pista de subida um caminhão com pane mecânica. Os 180 minutos de espera fizeram o engarrafamento chegar até quase a praça de pedágio, em Caxias. Muita gente desistiu de seguir viagem e a quem já havia alcançado a serra, sem opção de retorno, só restou esperar a liberação da pista.

"O último sábado antes do Natal para o comércio é historicamente um dos dias de vendas mais aguardados do ano por conta de consumidores vindos de outras cidades.  E o que a Concer ofereceu a eles nesta data? Um congestionamento sem chance de retorno, sem banheiros ao longo da estrada, sem sequer um sinal de telefone. Irritou mais uma vez quem subia a serra a trabalho ou a lazer, prejudicou o comércio e fortaleceu a imagem de que não cuida do nosso principal acesso", reclama Bernardo Rossi. 

O parlamentar questiona ainda a falta de comunicação com o usuário. "Onde e de que forma as pessoas são avisadas sobre o fechamento da serra para que possam escolher deixar de prosseguir viagem ou buscar a Serra Velha?  Nem mesmo esse aviso é dado a quem tem um dos pedágios mais caros do país. No sábado, os usuários pagaram R$ 8 para ficar, ´confortavelmente´, parados por três horas na estrada. Cabe ressarcimento a cada lesado", afirma Bernardo Rossi. 

A Comissão Especial foi implementada pela Alerj para averiguar as obras da nova pista de subida da Serra, mas seus componentes abriram uma segunda frente de trabalho: cobrar melhorias nas pistas atuais, de subida e descida, com pavimentação precária e falta de sinalização. "A previsão é da obra durar três ou mais anos e não podemos contar neste período com o acesso atual em péssimas condições", justifica o deputado petropolitano. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),  a quem cabe a fiscalização da concessão, está sendo intimida a obrigar obras emergenciais. "Também vamos incluir que a agência fiscalize as operações como esta, de sábado, cobre eficiência e multe nos casos de negligência", aponta o deputado petropolitano. 

Em 40 quilômetros nas pistas de descida e subida, a média é de 500 acidentes a cada seis meses segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Este ano, nos três trechos da BR-040 que figuram entre os 100 mais perigosos de estradas federais do país, foram registradas 29 mortes, quatro delas na pista de descida, altura do quilômetro 90.

 

- A estrada vive hoje duas situações distintas e ambas graves: na pista de subida são caminhões enguiçados, tombados ou que ao tentar ultrapassagem por veículos grandes interrompem toda a estrada em manobras mal feitas. Na descida são acidentes graves, com mortes e feridos, carretas tombadas. E em ambas a situação é a mesma: pistas com defeitos, remendos, sem controle de velocidade, com iluminação insuficiente e nenhuma comunicação com o usuário. “Vamos abrir todas as frentes possíveis, e a Defesa do Consumidor é uma delas, para que a concessionária torne a estrada segura e transitável", completa Bernardo Rossi. 



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