Petrópolis, 28 de Março de 2024.
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  FELIZ ANO NOVO

Data: 29/12/2014

 

 

FELIZ ANO NOVO

 

Philippe Guédon

 

01 – Nossos Executivos terão um estalo: o povo, de quem emana todo o poder, não é tão pascácio quanto acreditam. Mandatário algum precisa curvar-se diante dos interesses dos ditos “partidos das bases”, cartéis privilegiados pela lei, que deturpam eleições como outros fraudam licitações.

02 – Um chefe afirmar que “não soube de nada”, atribui-se atestado de incompetência. Daqui para frente, responsável que não sabe o que acontece no seu quintal terá a decência de pedir exoneração.

03 – Alguém, no Planalto, lerá sobre a subsidiariedade e ficará sabendo que participação se faz junto às pessoas interessadas. Quanto mais etapas intermediárias, mais fajuta a participação. A participação é municipal ou é tudo, menos participação.

04 – O tema do planejamento de médio e longo prazo irá para o topo da pilha das prioridades. Eu sou um que não votarei em quem não se declarar publicamente cem por cento a favor do instituto Koeler. O que implica pensar sobre estrutura administrativa e seus efetivos e chutar para longe os improvisos.

05 – A bomba-relógio dos regimes próprios de previdência social (RPPS) vai ser achada debaixo do tapete. Finalmente, vão reconhecer que fechar os olhos, mesmo bem apertados, não resolve encrenca grossa.

06 – A Constituição Federal vai ser lida por todos. Ficaremos sabendo que todo o poder emana do povo, que os representantes são do povo e não dos partidos, e que somos todos iguais perante a Lei. E vamos todos juntos consertar o que nega princípios tão claros.

07 – Alguém do Governo Mustrangi, do Legislativo, TCE, MPE ou Cia Águas do Imperador, vai vir a público responder por que prorrogaram o contrato ainda vigente até 2027 por outros quinze anos mais sem dar um pio e, descobertos, adotaram a lei do silêncio. Todos, hoje, sabem do ocorrido.

08 – Alguém, da Sociedade e versado em Leis, talvez nos diga o que o povo de Petrópolis deva fazer a respeito?

09 – Saberemos talvez, ano que vem, se a adoção dos programas das cidades sustentáveis valeu a pena. Nada contra, mas como ser a favor de algo sobre o qual não se fala nada?

10 – Em momento de lucidez, o orçamento participativo – mais didático de quantos programas tenha eu visto em Petrópolis – será retomado. Dez anos sem orçamento participativo, coincidência ou não, corresponderam a uma imensa decadência da qualidade da participação popular entre nós.

11 – Reforma Política: vamos adotar o candidato avulso, inicialmente no âmbito municipal. Qual a razão de ser exigida filiação a um partido pelo futuro candidato? Poderia ser a uma Igreja, ou a inscrever-se em curso do TCE? Neste momento, está formado um monopólio de partidos para a indicação de candidatos e a possibilidade de formarem cartéis para sustentar as suas chapas. Putin foi eleito sem pertencer a partido... Tão fácil acabar com o monopólio!  

12 – Vai bater uma luz em alguma cabeça coroada e vamos adotar um complemento aos orçamentos, destinado à compreensão popular. Pois, um orçamento incompreensível para as pessoas, me perdoem, não é orçamento.

            Teria mais, mas até que o ano de 2015 já ficaria jeitoso assim, não?




 

 

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