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  IBGE: Indústria cresce em 12 locais em Agosto e 6 superam patamar pré-pandemia

Data: 08/10/2020

 

Indústria regional

Indústria cresce em 12 locais em agosto e 6 superam patamar pré-pandemia

Editoria: Estatísticas Econômicas  Caio Belandi

 

08/10/2020 09h00 Última Atualização: 08/10/2020 11h44

 

 

Indústria paraense cresceu 5,5% influenciada pela extração mineral - Foto: Agência Vale

 

O setor industrial nacional apresentou alta em 12 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional), na passagem de julho para agosto. O resultado, divulgado hoje (8) pelo IBGE, mostra que seis locais já superaram o patamar pré-pandemia da Covid-19: Amazonas (7,6%), Pará (5,5%) Ceará (5%), Goiás (3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%) estão acima do nível de produção de fevereiro de 2020.

O gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, explica que esse resultado está ligado à reabertura e à flexibilização do isolamento social. “A pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações e interrupções por conta da pandemia”. A produção industrial nacional cresceu 3,2% em agosto, quarta alta seguida.

A PIM-Regional mostra que o Pará teve a maior alta na produção em agosto, com 9,8%. A taxa dá ao estado o segundo lugar em influência no resultado geral. “É a terceira taxa positiva consecutiva do Pará, com ganho de 18,2% nesse período”, diz Almeida, explicando que o índice foi influenciado pelo desempenho do setor de extração mineral, que equivale a aproximadamente 88% da produção industrial paraense.

 

Produção industrial regional (mês/mês anterior)

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1 Indústria geral Brasil 1 Indústria geral Rio de Janeiro 1 Indústria geral São Paulosetembro 2019outubro 2019novembro 2019dezembro 2019janeiro 2020fevereiro 2020março 2020abril 2020maio 2020junho 2020julho 2020agosto 2020-30-20-1001020 setembro 20190,5 %

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física

Vitrine da indústria brasileira, a indústria de São Paulo segue como maior influência da série de altas do setor. Em agosto, o aumento foi de 4,8%. “O setor de veículos puxa o resultado, já que é bastante atuante na indústria paulista”, descreve Almeida, citando também o bom desempenho do setor de máquinas e equipamentos. São Paulo acumula a 4ª taxa positiva consecutiva, somando 39,8% no período. Entretanto, ainda está 0,6% abaixo do período pré-pandemia, 

O Rio de Janeiro apresentou alta de 3,3%, a sétima maior taxa no mês, mas a terceira maior influência no resultado nacional. “Este índice foi puxado pelo setor de derivados do petróleo, mais especificamente, o refino. A metalurgia também ajudou”, lista o gerente da pesquisa. Também é a quarta taxa positiva consecutiva da indústria fluminense, com acumulado de 19,1% no período. O Rio de Janeiro está quase alcançando o patamar de fevereiro de 2020, estando 0,1% abaixo do nível de produção pré-pandemia.

Santa Catarina (6,0%), Ceará (5,7%), Rio Grande do Sul (5,2%), Amazonas (4,9%) foram os outros locais que apresentaram altas maiores do que a média nacional. Completam os locais com alta em agosto: Região Nordeste (3,0%), Paraná (2,9%), Mato Grosso (2,6%), Goiás (1,2%) e Bahia (0,9%).

Por outro lado, Pernambuco (-3,9%) e Espírito Santo (-2,7%) apontaram as maiores quedas no mês. A produção industrial pernambucana, após três meses de altas que somaram 40,3%, caiu por conta do resultado abaixo do setor de bebidas, muito atuante dentro do estado. Mesmo assim, Pernambuco está na lista de locais que superaram o nível de fevereiro. Minas Gerais, com variação de negativa de 0,4%, completa a lista de quedas.

Na comparação com agosto de 2019, queda em 9 dos 15 locais

No confronto com agosto de 2019, a produção industrial apresentou queda de 2,7%, com retração de nove dos 15 locais pesquisados. Cabe citar que agosto de 2020 teve 21 dias, um a menos do que agosto de 2019.

Espírito Santo (-14,7%) e Paraná (-7,6%) apresentaram as maiores quedas nesta comparação. Bahia (-6,1%), Mato Grosso (-4,4%) e São Paulo (-4,1%) também tiveram taxas negativas mais intensas do que a média nacional. Já o Pará (-1,8%), o Rio Grande do Sul (-1,6%), Santa Catarina (-1,3%) e Minas Gerais (-0,1%) completaram o conjunto de locais com queda entre agosto de 2020 e agosto de 2019.

Entre os locais com alta nesta comparação, Pernambuco (10%) apontou o maior avanço. Completam a lista Ceará (5,3%), Rio de Janeiro (4,0%), Goiás (3,1%), Região Nordeste (2,7%) e Amazonas (0,7%).

 
Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais - Agosto de 2020
Locais Variação (%)
Agosto 2020/
Julho 2020*
Agosto 2020/
Agosto 2019
Acumulado
Janeiro-Agosto
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas 4,9 0,7 -13,7 -5,7
Pará 9,8 -1,8 -1,9 -1,8
Região Nordeste 3,0 2,7 -6,9 -4,5
Ceará 5,7 5,3 -14,8 -9,0
Pernambuco -3,9 10,0 0,9 -0,3
Bahia 0,9 -6,1 -7,7 -5,8
Minas Gerais -0,4 -0,1 -7,9 -7,6
Espírito Santo -2,7 -14,7 -18,9 -19,5
Rio de Janeiro 3,3 4,0 2,4 4,1
São Paulo 4,8 -4,1 -11,1 -7,0
Paraná 2,9 -7,6 -8,5 -4,5
Santa Catarina 6,0 -1,3 -11,9 -7,9
Rio Grande do Sul 5,2 -1,6 -12,4 -9,1
Mato Grosso 2,6 -4,4 -2,3 -2,2
Goiás 1,2 3,1 1,8 2,8
Brasil 3,2 -2,7 -8,6 -5,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal



 

 

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