Petrópolis, 29 de Março de 2024.
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Data: 29/10/2013

 

O coordenador do Programa de Acidente do Trabalho do Estado do Rio, órgão do Ministério do Trabalho, Leonardo Loppi, informou nesta terça-feira que o número de ocorrências em Petrópolis, considerado oficial, divulgado pela Tribuna, no último sábado, está muito longe da realidade. Os dados publicados, que reproduzem levantamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que fixou em 899 o número de acidentes de trabalho ocorridos em 2011, estariam longe da realidade. Loppi diz que esse total pode chegar, na realidade, a 3,6 mil acidentes de trabalho nesse ano.

O número oficial de acidentes está subestimado, como suspeita o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Petrópolis, José Maria Rabelo. O motivo, de acordo com Leonardo Loppi, é que a maioria das empresas, inclusive, as petropolitanas escondem os dados sobre os funcionários que se acidentam durante o horário de serviço ou no trajeto entre o trabalho e a residência. 

No cadastro que chegou até o conhecimento do Programa, apenas três casos foram comunicados pelas empresas. “É um absurdo que uma cidade como Petrópolis não tenha acidente de trabalho. Este dado prova que existem casos sendo escondidos no município”, declarou.

Leonardo afirmou que os próprios empregados podem denunciar os acidentes e não devem aceitar os acordos propostos pelas empresas. “Muitas vezes os empresários fazem ofertas de R$ 3  a R$ 5 mil para que o funcionário não denuncie. Porém, se ele denunciar pode receber até R$ 1 milhão, dependendo do caso”, revelou. 

Além disso, o coordenador ressaltou que a empresa que não faz o cadastro chamado Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), pode pagar multa de até R$ 30 mil e ser processada. Em contrapartida, ao comunicar o acidente, entra em vigor o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que afere o desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, relativamente aos acidentes de trabalho ocorridos em um determinado período. Esta seria a razão de ocultar os acidentes. Cada vez que funcionários sofrem acidentes de trabalho, a empresa tem aumentado o seu índice de contribuição.

Para mudar esse cenário, Leonardo acredita que a única solução é intensificar a fiscalização que deve ser feita pelo próprio Ministério do Trabalho. 

 




 

 

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