A Associação de Moradores do Bingen está promovendo um abaixo-assinado contra o possível fechamento da Casa de Saúde Santa Mônica. A mobilização que está sendo realizada no calçadão do Edifício Arabela teve início ontem e, logo pela manhã, mais de mil assinaturas já haviam sido colhidas. Segundo Marcelo Cabelinho, representante da associação, a intenção é conseguir mais de cinco mil assinaturas. “Estamos preocupados com a situação dos funcionários e dos pacientes. Não podemos permitir que a clínica feche as portas e deixe desamparados tantas famílias”, disse.

O documento será entregue ao prefeito Paulo Mustrangi e também à Câmara de Vereadores. “Vamos conseguir o máximo possível de assinaturas e depois levar o documento para o poder público. Quando o povo reage, as coisas mudam, é disso que precisamos”, frisou o organizador do movimento.

A possibilidade de fechamento da Casa de Saúde Santa Mônica surgiu após o pedido de descredenciamento da unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Feita no início do mês pela direção da clínica à Fundação Municipal de Saúde, a solicitação teve como base os baixos repasses feitos pela SUS. Atualmente, o hospital recebe R$ 43 por paciente. Com este valor, a clínica fornece alimentação, medicamentos, atendimento médico e de equipe multidisciplinar, e toda a estrutura para o tratamento durante o período de permanência. A solicitação do descredenciamento foi feita quase 10 meses após o início dos pedidos de aumento no repasse do valor das diárias dos pacientes.

Segundo o diretor da clínica, Alberto Shauffaine, ainda não há nada definido sobre o descredenciamento da unidade. Ele explicou que a Secretaria de Saúde deu um prazo até segunda-feira, dia 26, para dar uma posição sobre um reajuste no valor dos repasses. “Por enquanto, estamos funcionando normalmente, mantendo todos os atendimentos”, informou o diretor. A Clínica Santa Mônica funciona há mais de 30 anos, e atualmente mantém internados pelo Sistema Único de Saúde cerca de 200 pacientes.