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  Petrópolis fica sem verba do Ministério da Saúde para combater a dengue

Data: 28/11/2008

Petrópolis ficou fora da lista do Ministério da Saúde para receber a verba do governo federal para o combate à dengue no País, por não ter entregue o formulário com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Aos municípios que cumpriram com o prazo, o governo federal liberou, ao todo, R$ 128 milhões para o Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS), sendo que em toda a estratégia de combate à dengue investirá R$ 1,08 bilhão, o que representa um aumento de 23%, em relação a 2007.

 

 Os recursos adicionais são destinados aos municípios prioritários dentro da estratégia nacional para combate à doença, como em áreas de fronteira, turística, regiões metropolitanas e com mais de 50 mil habitantes. No Estado do Rio, o Ministério da Defesa ainda disponibilizou 820 militares, sendo 100 da Marinha, 600 do Exército e 120 da Aeronáutica, para ajudar nas ações de combate ao mosquito e, consequentemente, à doença. Petrópolis conta com 40 agentes de combate a endemias e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, nessa época do ano as equipes têm como prioridade a prevenção à dengue, mas essa afirmativa contraria a população, que continua reclamando de imóveis abandonados que mantém água parada em piscinas, lajes, vasos de plantas, como nas ruas Padre Moreira e Visconde de Itaboraí, no Valparaíso, e Dom Pedro, no Centro. As condições de imóveis e terrenos precisam ser averiguadas para integrar o LIRAa, realizado anualmente pelas prefeituras de todo o País e entregue ao Ministério da Saúde para identificar com antecedência as áreas de maior risco de surto da doença. O Ministério da Saúde já divulgou na semana passada o levantamento, mas Petrópolis não está incluído porque a Secretaria Municipal de Saúde não entregou a tempo o formulário com as informações. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, em breve o material será encaminhado, mas explicou que nos dois anos anteriores os formulários foram entregues. O diagnóstico de 2007 mostra que o município está com o índice de 0,1%, que é considerado de baixo risco. Ainda assim, a preocupação de alguns petropolitanos é de que, mesmo com esses números sendo considerados satisfatórios, possa haver algum risco de proliferação do mosquito da dengue, já que os imóveis abandonados continuam mantendo água parada.

 

 Os proprietários de terrenos e casas nessa situação podem ser multados em até R$ 2 mil por dia se não providenciarem a limpeza num prazo de 30 dias após a notificação, mas ao ser questionada sobre o número de notificações e multas enviadas esse ano, a assessoria de comunicação não respondeu ao questionamento. “Acho que é uma perda muito grande para Petrópolis. Principalmente porque quando acabar o período de chuvas a cidade vai eclodir de mosquitos.”

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 27 de novembro de 2008.

Autora: Denise Pereira




 

 

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