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  Desrespeito deixa idosos sem espaço reservado no transporte público

Data: 08/01/2009

Além de sofrer com a demora, com o tumulto na hora de embarcar em ônibus e com a situação de caos que se instalou no trânsito e que provoca um maior atraso nos horários de coletivos, idosos têm de conviver ainda com a falta de educação de usuários que desrespeitam a legislação e ocupam os assentos reservados, por lei, a idosos, grávidas, e deficientes. No dia 5, uma situação como esta deixou indignada a usuária Andréa Kreischer, que, revoltada, decidiu denunciar o desrespeito enfrentado por idosos nos transportes coletivos do município. Andréa conta que tomou o ônibus da linha 100 (Rodoviária - Centro) por volta de 12h40m. Ao entrar, ela já observou que um idoso viajava em pé, enquanto os assentos eram ocupados por pessoas jovens. Ao longo da viagem até o Centro, idosos mais debilitados toaram o coletivo, até que dado momento a passageira decidiu pedir ao motorista que alguma providência fosse tomada. “É um absurdo, todos os lugares para idosos estavam ocupados e ninguém levantou dos assentos que, por lei, são reservados para os idosos. Quando entrei no ônibus, já havia um idoso em pé, mais adiante, no ponto próximo à Werner, uma senhora entrou e foi a mesma coisa, ninguém deu o lugar. Quando chegou no ponto do hospital, vários idosos entraram e a situação continuou a mesma, ninguém levantou. Isso é uma falta de respeito, uns rapazes fortes sentados no lugar reservado a idosos, que trabalharam a vida inteira...”, revolta-se.

 

Indignada com a situação, a usuária decidiu pedir a ajuda do motorista e ficou ainda mais revoltada com a resposta que recebeu. “Ele me disse que não podia fazer mais nada se as pessoas não estavam respeitando o aviso afixado próximo aos bancos reservados a idosos, gestantes e deficientes e que não tinha qualquer orientação da empresa para que interviesse junto aos usuários, ou para que permanecesse com o ônibus parado até que aquilo fosse resolvido, como eu pedi”, contou Andréa, que em protesto decidiu descer do coletivo. “Eu disse que desceria e que iria denunciar essa falta de respeito com os idosos”, afirmou.

 

Questionada sobre o problema ocorrido na linha 100, a assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Petrópolis (Setranspetro) disse que este é um problema que só poderá ser resolvido com a conscientização da população, e confirmou que funcionários das empresas, de fato, não têm orientação ou autonomia para exigir que os usuários respeitem os lugares reservados a idosos, gestantes e deficientes. “Esse é um fator educação. As pessoas precisam se conscientizar que devem respeitar os idosos(...) mas o motorista do ônibus não pode obrigar os usuários que pagaram a passagem a ceder lugares a idosos. (...) a legislação diz que esses assentos são preferencialmente para idosos e não obrigatoriamente reservados a eles. Se o motorista intervir, ele pode ser processado e a empresa também”, explicou Carla Rivetti, assessora do Setranspetro.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 6 de janeiro de 2009.




 

 

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