Aline Rickly
Redação Tribuna
O problema não é novo e vem incomodando os moradores da rua Augusto Severo, no Morin, há anos. A poluição provocada pela fábrica de malhas Ikinha é motivo de insatisfação para quem mora na localidade e tem que conviver diariamente com a fumaça preta que é liberada pela fábrica em diferentes horários, inclusive durante a madrugada. Não bastasse as consequências da poluição, eles alegam que o cheiro exalado também é forte e ruim. Em janeiro, a direção da empresa, através do seu Gerente Industrial Sr. Fontes, informou que estava em fase de implantação o lavador de gases, que controla odores, e que o sistema de cavacos ia chegar em fevereiro. Mas, de acordo com os moradores, o problema ainda persiste.
Morador da localidade há 18 anos, o aposentado Gildo de Souza Rocha, de 63, contou que a situação é preocupante. “É um produto químico que é exalado naquela fumaça, por isso nos preocupamos”, disse ele, que mora com a mulher, um casal de filhos e um neto. Segundo Gildo, durante a madrugada, o odor é muito forte.
Também aposentado, Luiz Claudio da Silva, de 56 anos, afirmou que na noite de segunda para terça-feira as três chaminés que desembocam da fábrica estavam a todo vapor por volta das 3h. Morador da rua há 50 anos, ele disse que a situação piorou recentemente.
Jacques Thevenet, de 68 anos, também reclamou da poluição. Além da preocupação com relação à saúde dos moradores, ele disse que também existem problemas do dia a dia por causa da fumaça. “A roupa no varal fica cheia de fuligem”, comentou. Ele reclamou inúmeras vezes da situação, mas já perdeu as esperanças sobre uma possível solução. “O tempo passa e a fumaça fica”, destacou.
Lester Carneiro, de 81 anos, acrescentou que por causa da fumaça precisa limpar o carro que fica na garagem todos os dias. “Como ele fica em frente à direção da fumaça, o espaço fica todo empoeirado”, afirmou. Ele, que faz caminhada diariamente no local, por volta das 6h, disse que vê todos os dias a fumaça escura sendo exalada.
A Tribuna entrou em contato com a empresa, mas não encontrou o responsável por essa questão até o fechamento da edição.