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  Comutran discute reajuste de passagens

Data: 08/12/2015

 

 

Comutran discute reajuste de passagens

 

Uma reunião será realizada pelo Conselho Municipal de Trânsito–Comutran, na noite de hoje, para discutir, entre outros assuntos, a análise e deliberação dos estudos técnicos parafixação do reajuste da tarifa de ônibus, que deve acontecer já no próximo mês.

A convocação para a reunião foi feita pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), por meio de uma publicação no Diário Oficial do Município da semana passada. Segundo participantes do Conselho, uma solicitação de reajuste já foi feita pelas empresas, mas o percentual não foi divulgado. O possível aumento deve começar a valer já no início de 2016,mas até agora ainda não se tem ideia do quanto a passagem vai subir. Para quem depende do sistema de transporte público para trabalhar, essa notícia não agradou nem um pouco.

“Não acredito que vão aumentar a passagem! Eu fico duas horas no ponto esperando um ônibus e quando ele chega eu encontro goteira, assentos quebrados, uma coisa horrível. Se a tarifa aumentasse, mas o serviço melhorasse tudo bem. O problema é que a passagem sobe sempre mais de duas vezes por ano, sendo que o nosso salário aumenta só uma vez. E, apesar disso, o serviço prestado só cai de qualidade”, disse Cirlene Martins, que mora no bairro Rio de Janeiro, no Quitandinha, e trabalha no Centro.

Cirlene depende do transporte público todos os dias para trabalhar e não gostou da notícia. Para quem depende do ônibus para estudar, e ainda não trabalha, a notícia também não foi bem recebida.

“Eu pago meia passagem, mas até assim está ficando difícil. Quando entrei na faculdade a passagem era muito mais barata. Os ônibus continuamos mesmos, o salário mal subiu,mas a passagem já aumentou várias vezes. Qual a necessidade desse aumento? Tudo bem que o preço dos combustíveis subiu, mas têm que ter um freio”, contou Marcos Fernandes Ribeiro, de 24 anos, que estava no ponto há 40 minutos aguardando ônibus para sua casa, no Valparaíso.

A Tribuna conversou com alguns membros do Conselho para tentar adiantar algo sobre a pauta da reunião. Para um dos representantes, a reunião não necessariamente será uma prerrogativa para um possível aumento.

“A gestão passada vem desde o princípio do ano analisando a questão da tarifa. Não sei o que a presidência está querendo dizer, mas diante da situação creio que não deve ser somente para discutir um possível aumento. Eu acho que é uma apresentação técnica sobre esse assunto. No ano passado, quando houve o reajuste, o Comutran elaborou um parecer só da questão econômica. E sabemos que existem outras questões importantes nesse contexto. Ao longo deste ano nós temos nos reunido para essas questões e tenho impressão de que o Conselho deve apresentar o que já foi montado até agora mas não é para discutir a tarifa. A tarifa é uma prerrogativa do Executivo. O prefeito pode solicitar um parecer do Comutran assim como pode sancionar um aumento solicitado pelas empresas sem a participação do Conselho” explicou.

O representante falou também sobre a importância de um plano de mobilidade para reduzir o custo e o prejuízo da empresas de ônibus.

“É muito importante um plano de mobilidade. Temos um número de veículos 10% acima do normal para uma cidade com essa população. Com o trânsito confuso os ônibus ficam parados, atrasa tudo e gera um custo terrível para as empresas”.




 

 

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