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  Comerciantes são contra suspensão de estacionamentos

Data: 04/02/2009

Os motoristas petropolitanos e turistas foram pegos de surpresa com a suspensão do estacionamento rotativo no lado direito da Rua do Imperador neste domingo (25). No entanto, a Companhia Petropolitana de Transportes (CPTrans) declarou que as placas informativas para os locais de estacionamento já não vinham sendo colocadas desde o fim de dezembro de 2008. Conforme explicaram, está sendo feito um estudo para a reorganização do transito da cidade e a suspensão pode não ser definitiva.

 

Conforme relatou Frederico Autran, proprietário do restaurante Spoleto, na Rua do Imperador, os Guardas Municipais passaram multando quem estivesse parado nos locais considerados irregulares. Segundo afirmou, não houve nenhum aviso da Prefeitura aos comerciantes ou nos antigos locais de estacionamento, e as pessoas tiveram que sair dos restaurantes durante o almoço para conversar com os guardas e saber o que estava acontecendo.

 

"Nós fizemos oito reuniões com o (Eduardo) Áscoli, que era presidente da CPTrans, para conseguir essas vagas. Isso foi ótimo para nós, porque voltou ao que era antes da reforma do Centro. E a vagas são viáveis; eu mesmo andava de carro nas ruas para ver se não daria problema no trânsito, e não deu. Eu cheguei a medir a rua com uma trena pra ver se daria para um ônibus passar com tranqüilidade. As baias a gente deixava livre para o caso de algum carro quebrar e não obstruir a rua", explicou.

 

Unido com outros comerciantes do Centro, Frederico espera que a suspensão da Prefeitura não seja definitiva. De acordo com ele, a medida atrapalha o comércio, os moradores e até mesmo os turistas, que não têm onde estacionar os carros na cidade durante os fins-de-semana e acabam deixando de visitar o Centro Histórico.

 

"Numa época de crise econômica, tirar as vagas é dar um tiro no pé. Acho que eles nunca deveriam fazer isso sem consultar os comerciantes e sem dar uma solução ao problema. No meu restaurante, se eu tiro um cozinheiro tenho que já ter um outro para substituir. Eu não sou contra o governo, mas a favor que ações boas sejam feitas. A queda nas vendas pode acarretar demissões e piorar a situação da cidade", analisou.

 

Em nota a CPTrans declarou que o estacionamento foi suspenso para que sejam realizados estudos no trânsito da cidade. Segundo revelou o Centro perdeu 400 vagas após a reforma, e a alternativa usada para os fins-de-semana disponibilizava 140 locais de paradas. Eles acrescentaram ainda que vão se reunir com sindicatos e comerciantes da Rua do Imperador para que possam analisar as alternativas para resolver a questão da falta de estacionamentos no Centro Histórico.

 

"Esse estacionamento foi fruto de uma negociação entre a antiga gestão e os comerciantes, mas não está documentado nas portarias que regem a CPTrans. Estamos trabalhando para normalizar essas questões", finalizou Ronald Pamphile, diretor técnico operacional da companhia.

 

 

Fonte: Diário de Petrópolis – 27 de janeiro de2009.

Autora: Gabriela Haubrich




 

 

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