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  Sebrae diz que é um erro demitir para minimizar os efeitos da crise

Data: 14/02/2009

Em tempos de crise, uma das notícias mais divulgadas pela imprensa diz respeito às demissões em massa. Muitos empregados vêem nessa medida uma saída para ajustar as contas de seu negócio e reduzir os efeitos da crise. No entanto, especialistas do Sebrae afirmam ser esse um erro clássico, apesar de ser a primeira opção para muitos empresários.

 

O gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae Nacional, Enio Duarte Pinto, afirma que o empresário deve colocar na ponta do lápis os custos com a rescisão contratual de um empregado, já que os encargos são altos e acabam sendo um gasto a mais num momento crítico como esse. Além disso, como as micro e pequenas empresas são muito voláteis, a necessidade de contratar pessoal virá em um curto espaço de tempo.

 

“Com isso, além de ter gasto com a rescisão contratual, o empresário terá de gastar na hora de contratar, com o processo seletivo, com o contrato, com o treinamento. É um pensamento contraprodutivo demitir hoje para contratar pouco tempo depois”, avalia.

 

Em vez de demitir, a pequena empresa tem outras opções de ajustar seus custos como promover férias em rodízio, o que é muito propício nesse primeiro trimestre, ter mais rigor nos controles de custos fixos, como estoque e contas a pagar e receber, fazer um controle de caixa mais seguro e procurar prazos de pagamentos em contratos já firmados. “Ninguém quer perder cliente nesse momento de crise. Os fornecedores de pequenas empresas também não. Esse é o momento para dilatar prazos de pagamento”, exemplifica Enio Pinto.

 

É hora também de o empresário repensar e reorganizar suas formas de aprovação de crédito junto ao cliente. O gerente do Sebrae explica que vendas a prazo, que antes eram mais facilitadas, hoje devem ter um maior rigor, até mesmo para não cair numa inadimplência alta. Buscar alternativas de obtenção de crédito com juros mais atrativos é também outra dica em momentos de incerteza. Além disso, o gerente do Sebrae aconselha aos empresários a socializar a compra de seus insumos. Ou seja, procurar seu concorrente para fazer compras conjuntas ajuda a reduzir os valores dos insumos e barganhar o preço e o prazo de pagamento com os fornecedores. “Unir esforços é uma saída importante nesse momento”, avalia. Investir em liquidações dos produtos para gerar uma rotatividade de mercadorias paradas no estoque é uma opção para quem tem contas a pagar e não pode perder tempo e dinheiro.

 

Proximidade

 

Barone afirma que há um ponto positivo para os pequenos empresários: o de ter maior proximidade com os funcionários e poder negociar com eles, de maneira mais fácil, as questões trabalhistas, diferentemente do que ocorre com as grandes empresas. “Flexibilizar a jornada de trabalho é sim uma opção interessante que não onera o empregador, não dispensa o empregado e ainda há certa economia de gastos fixos na empresa, como água, luz e telefone”, defende o economista.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 3 de fevereiro de 2009.




 

 

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