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  Número de demissões em Petrópolis aumenta

Data: 05/02/2009

As perspectivas para que o número de vagas de empregos formais aumente durante o ano não são nada otimistas. As demissões em vários setores da economia petropolitana assustam e ainda podem aumentar com a reorganização dos cronogramas das empresas, indústrias e setores de serviços.

 

Somente em dezembro do ano passado, com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho, os desligamentos chegaram à marca de 2.184. Em comparação com as admissões realizadas no mesmo período, observa-se uma variação negativa de 1,98%. A taxa de variação relativa – quando comparado o número de admissões e demissões - ficou em menos 1,42%, com 830 trabalhadores desempregados ou atuando na informalidade. Ainda de acordo com os números do CAGED, em janeiro do ano passado, Petrópolis contava com 11.732 estabelecimentos e 54.483 empregos formais.

 

As informações repassadas pelo gerente regional do Ministério do Trabalho em Petrópolis, Wilton Silva Costa, consolidam o cenário obscuro de que a crise econômica chegou com força no município. De acordo com ele, o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou desproporcionalmente de outubro do ano passado até hoje.

 

"Nos meses de junho, julho e agosto do ano passado à média de pedidos de seguro-desemprego era de 30 a 35 por dia. A partir do estouro da crise, esse número subiu para absurda média de 100, 115 pedidos diários. A preocupação foi tanta que entrei em contato com Brasília para averiguar se o problema se concentrava apenas em Petrópolis, mas a triste constatação é que o país foi assolado pelo vento da retração econômica", afirmou.

 

Somando as demissões de apenas três empresas instaladas na cidade como a Allborg, Casa& Vídeo e Carl Zeiss no último mês, o número de desempregados já passa de 300. "As indústrias e o setor de serviços foram os que mais demitiram em Petrópolis. A situação atual é desanimadora, mas tenho certeza que haverá uma reação do mercado de trabalho", ressaltou otimista.

 

Número de expedição de CTPS também aumentou

 

Outro fato que chamou a atenção de Wilton, foi o aumento das expedições de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Ele disse que o fato é gerado também pelo alto número de demissões, que obriga as pessoas a procurar emprego para suprir a demissão de algum membro da família. "É contraditório, mas pelo alto índice de demissões, muitos familiares que nunca trabalharam, estão se vendo na obrigação de procurar emprego para suprir ou aumentar a renda dentro do lar".

 

Wilton ainda desmistificou que o aumento do desemprego teria correlação com as demissões de empregados temporários contratados no período de festas. "Isso não existe, pois o trabalhador contratado pelo regime temporário não tem direito ao seguro-desemprego. O número impressionante de pedidos do beneficio mostra claramente que a taxa de desemprego em Petrópolis é a triste realidade", concluiu.

 

 

Fonte: Diário de Petrópolis – 4 de fevereiro de 2009.




 

 

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