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  Governo avalia como tirar concessões da Lava Jato

Data: 22/07/2017

 

Governo avalia como tirar concessões da Lava Jato

A “gambiarra”, segundo avalia a área técnica, dará um resultado melhor do que retomar a concessão e fazer um novo leilão.

Lu Aiko Otta, Estadão

22 Julho 2017 19h59

 

O governo dá os últimos retoques numa medida provisória (MP) que tentará salvar as enroladas concessões rodoviárias da chamada terceira etapa, leiloadas no governo Dilma Rousseff. O socorro, porém, não será para todas. E, para ter acesso a ele, é provável que as concessionárias tenham de se livrar dos sócios investigados na Lava Jato. Seria algo semelhante ao que ocorreu com a concessionária Riogaleão, para a qual o socorro estava condicionado, na prática, à saída da Odebrecht.

Segundo fontes, o socorro virá na forma de um alongamento de prazo para que sejam feitas as duplicações do trecho sob sua administração. Previsto em cinco anos, ele será estendido caso a caso, até um máximo ainda sob discussão.

A “gambiarra”, segundo avalia a área técnica, dará um resultado melhor do que retomar a concessão e fazer um novo leilão. Primeiro, porque economiza tempo e mantém o serviço. Segundo, porque num novo leilão as tarifas tendem a ser mais altas do que são hoje e o prazo de investimento, maior.

Por outro lado, o governo não quer dar ao mercado a impressão de que não zela pelo cumprimento dos contratos. Por isso, o socorro terá como contrapartida redução da tarifa, encurtamento do prazo da concessão ou uma combinação de ambos.

O pacote de ajuda tem como pressuposto ainda que, após os ajustes, o empreendimento passará a ser sustentável e terá condições de obter crédito. Embora isso não esteja escrito nem seja admitido, alvos da Lava Jato não se enquadram. Daí a perspectiva de construtoras, que foram as principais personagens dessa rodada, sairiam.

 

Nos bastidores, as concessionárias MGO (BR-050 entre Goiás e Minas), MSVia (BR-163 no MS) e Rota do Oeste (BR-163 em MT) são apontadas como potenciais beneficiadas pela MP. Também há chances para Concebra, que administra trechos em Goiás e Minas.




 

 

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