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  Liminar muda trânsito no Alto da Serra

Data: 27/12/2011

 

Foto de Alexandre Carius

Uma liminar concedida pela Justiça deve alterar o trânsito no Alto da Serra, a partir da próxima segunda-feira. A ação foi movida pela Defensoria Pública do Estado, a pedido de comerciantes e moradores do bairro, inconformados com a proibição do estacionamento ao longo da Rua Chile. A decisão determina que a CPTrans retire as placas de proibição até a próxima segunda-feira. O presidente da empresa, Roberto Naval, anunciou que o governo municipal vai recorrer.
“As autoridades já estão cientes do processo e têm cinco dias úteis para retirar as placas. Esperamos que o governo entenda nossa posição e acate a decisão”, disse o comerciante Fernando Lima, 41.
Os comerciantes comemoram o primeiro resultado. “Estamos otimistas. É claro que temos consciência de que a Prefeitura, através da CPTrans, pode recorrer da decisão, mas, tenho esperança de que o estacionamento vai voltar. Precisamos muito das vagas”, completou Fernando.
Segundo os comerciantes, a proibição do estacionamento ao longo da via foi colocada em prática no início do mês de dezembro e, desde então, os empresários da localidade afirmam que estão sofrendo com a queda no movimento. “O movimento na minha loja caiu 50%. Meu prejuízo está sendo grande, estou perdendo clientes porque muitos deles acabam passando direto já que não tem onde parar o carro. Precisamos que as vagas voltem a ser autorizadas”, afirmou Maurício Simões Schmitt, 31. O presidente da CPTrans diz que a proibição já existia, embora os comerciantes não a respeitassem e não houvesse fiscalização para impedir a irregularidade.
Para a comerciante Edna Fernandes, 67, a alta velocidade com que os carros passam na via assusta. “A Rua Chile se transformou em uma pista de corrida. Os carros e, principalmente, as motos passam a mil por hora, o que é um perigo, já que o bairro é movimentado. Além disso, nosso lucro caiu 50% depois que o estacionamento foi proibido. Estamos no fim do ano e não poderemos nem tirar férias porque o prejuízo está sendo muito grande”, lamentou.
Um outro problema apontado pelos comerciantes é a falta de uma área específica para descarga de mercadorias. “Eles pensaram em tudo, menos em como essas mudanças afetariam o trabalho dos que ganham a vida com o comércio aqui e em um lugar para a descarga de mercadorias. Os caminhões param e são multados. Isso é revoltante, não temos como resgatar os nossos produtos sem pagar multas”, comentou Maurício.
Segundo Roberto Naval, a empresa já recebeu a citação. “Vamos recorrer da decisão e apresentaremos os esclarecimentos que estão sendo pedidos pela Justiça. Já era proibido estacionar ao longo da Rua Chile, mas os próprios comerciantes não respeitavam isso”, disse.

Fonte: Tribuna de Petrópolis, 23 de dezembro de 2011, página 4.

 




 

 

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