Informátivo AFPF
Data: 05/12/2013
200 anos do Visconde. Viva Mauá!
Mauá tinha por divisa Labor Improbus Omnia
Vincit (o trabalho persistente a tudo vence), e
com ela criou um império no Brasil. Esse Gaú-
cho nasceu em 28/12/1813 em Arroyo Grande,
RS, e trazia o DNA da grandeza, tornando-se
um dos seis maiores vultos brasileiros, segundo
o Livro Six Great Men of Brazil, da americana
Vera Kelsey (1942). Mauá acreditava no enor-
me potencial de desenvolvimento que as ferro-
vias trariam para o mundo. Depois de inaugurar
em 1854 a primeira ferrovia do País, a E. F.
Mauá (Guia de Pacobaíba-Raiz da Serra de
Petrópolis), o Visconde seguiu empreendendo
ferrovias em Pernambuco, Bahia, São Paulo e
também pelo mundo afora, na França, Bélgica,
Itália, Espanha, Japão, Etiópia e Tailândia.
Debate sobre Resolução 4.131/2013 na SEAERJ
Dia 03/12, cerca de trinta interessados estiveram pre-
sentes na SEAERJ – Sociedade dos Engenheiros e
Arquitetos do ERJ, para debater sobre as Ameaças e
Oportunidades decorrentes da Res. 4.131/ANTT,
que autoriza a Ferrovia Centro-Atlântica, FCA, a
devolver 742 km de trechos antieconômicos e mais
3.247 km de trechos economicamente viáveis, que
serão erradicados para dar lugar a novos traçados
conforme o PIL–Programa Investimentos em Logís-
tica, lançado em ago/2013 pelo Gov. Federal.
O mapa abaixo mostra os trechos da FCA na Região
de influência do Estado do Rio. Em verde, os antie-
conômicos; em azul, os economicamente viáveis que
serão desativados; em amarelo permanecem ativos.
Baroneza, a primeira loco a trafegar no Brasil
Os Balanços Consolidados das suas inúmeras
empresas superavam, em 1867, o Orçamento
de custeio de todo Império brasileiro. Patrono
dos Transportes, do Comércio e da Marinha
Mercante, Mauá foi um Homem além do seu
tempo, sempre pensando no melhor para o
Brasil, como assim deixa claro no livro Exposi-
ção aos Credores, de 1878, onde explica com
uma clareza impressionantemente convincente,
as razões que o levaram a bancar, de forma
pioneira, ousados empreendimentos em um
Brasil de mentalidade agraria-escravocata,
sendo ferrenhamente contra. Mauá enumera os
inúmeros ardis, destratos, sabotagens e, sobre-
tudo, as traições que o levaram a bancarrota.
Pagou a todos e afastou-se da vida pública.
Faleceu em 21/10/1889, em Petrópolis/RJ.
Sua ferrovia pioneira espera até hoje para ser
reativada e, com a divisa Labor Improbus
Omnia Vincit a AFPF acredita que um dia
conseguiremos. Oremos, pois!
As principais questões levantadas foram: a) A Agê-
ncia teria respaldo legal para autorizar tudo isso?
b) Como chegaram ao valor de R$ 780 milhões
referentes à indenização que a FCA deverá pagar,
sob a forma de novos investimentos ferroviários,
pela devolução dos trechos antiecononômicos, mui-
tos dos quais abandonados e sem trilhos (roubados
há anos), estações e oficinas destruídas, etc.? c) Por
que os trechos antieconômicos não podem receber
contribuições para aproveitamento futuro (implan-
tação de trens turísticos, passageiros, cargas, VLTs,
etc.) nas tomadas de subsídios (vide aviso na folha
seguinte) da ANTT? d) Por que o limite para recebi-
mento de contribuições encerra-se em 31/01/2014?
e) Qual a lógica do PIL para erradicar trechos histó-
ricos economicamente viáveis, e construir novas
linhas, muitas praticamente ao lado das antigas? Se a
reposta for “para aumentar a velocidade de escoa-
mento” o problema vai persistir devido ao engarga-
lamento dos portos. f) Por que erradicar os trilhos
dos trechos, hoje antieconômicos, se estes poderão
vir a ser economicamente viáveis amanhã?
Para saber mais, acesse o antt.gov.br - tomada de
subsídios no
019/2013 para obter documentos rela-
tivos à Resolução 4.131/2013, Nota Técnica, formu-
lários, etc.. Para contribuições, envie e-mail para:
ts019_2013@antt.gov.br. Divulgue, participe!