Joe Rego
Economista
Situação e oposição se equilibram num Balanço Contábil e na construção de frases de efeito. É aonde reside à contabilidade “criativa” e o desequilíbrio que causa na nossa cabeça. Isso faz de um “demonstrativo social dos resultados” ser mais um mistério, onde só os “iniciados” sabem como “repartir” o lucro ou o prejuízo.
Mas, quando se trata de Empresas do Governo ou Sociedades de Economia Mista, quem paga o prejuízo é o povo e os gestores recebem gratificações e o generoso pró-labore. E, isso é justo? Não. Mas...
Por que criativa? Em um país sério, o que é feito nos livros contábeis não tem Razão que justifique o Borrador. O que é contabilidade? Pois é...
Antes do escândalo do petrolão, analistas descobriram que, uma plataforma fabricada aqui no Brasil era exportada para o exterior para a própria Petrobras. Até aqui, tudo dentro das normas contabilmente aceitas, bla, bla, bla de auditores e contadores globais, mas quando o assunto é...
Contabilidade Nacional – restrita ao Economista e raros Contadores com medalhões (MsC, PHd, etc.) – a coisa patina e escorrega na rampa...
Nos livros da Petrobras a tal plataforma e entra como um Ativo e nos livros Nacionais entra como sendo uma Exportação. Pode TCU?
Outro exemplo: Contas diferidas. Em contabilês soa “devo não nego, pago quando puder” ou o pior, “devedores duvidosos, calote à vista”, etc.
Foi o que aconteceu entre o Tesouro Nacional, BNDES e o Governo do PT com relação aos Estádios e investimentos públicos nas cidades 7x1.
Nos livros ficou uma Receita, ou Passivo etc., diferido em 60 – isso mesmo – sessenta longos – anos. Pode TCU?
O falecido Antônio Ermírio de Morais dizia sempre que grande maioria dos empresários – políticos inclusive – não sabe “ler” um balanço. Com as despesas das Olimpíadas 2016 na Cidade Maravilha será outro 7x1?
Um exemplo mais com a Petrobras: o governo fez com que pagassem antecipada a venda de campos do pré-sal ainda nem explorados e, pior, fixou o preço do barril. Mais uma da criatividade destrutiva. PT.
Newsletter ADVFN terça-feira, 6 de Janeiro de 2015: Petróleo despenca. A cotação do barril de petróleo na bolsa de mercadorias de Nova Iorque abre em queda, abaixo dos US$ 49,00, menor valor desde 2009; em seis meses, a commodity registra desvalorização de mais de 50% e, segundo analistas, não mostra sinais de estabilização. A cotação de US$ 40,00 o barril seria o próximo fundo esperado pelo mercado.
Idem, idem newsletter de sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015: Reajuste na gasolina: Petrobras emite comunicado, com rumores de redução no preço de combustíveis circulando pelo mercado, a Petrobras afirmou em comunicado, após o encerramento das negociações na Bolsa, que sua política visa não repassar a volatilidade dos preços internacionais de derivados ao mercado doméstico...
O barril de petróleo no mercado internacional registra desvalorização de mais de 50% nos últimos seis meses. E mais más notícias...
-34,9% é quanto o Ibovespa perdeu de valor desde o último pico, em 2010; 60% foi quanto o dólar ganhou em relação ao real durante o primeiro mandato do governo Dilma; -65,5 BILHÕES DE REAIS foi o que a Petrobras perdeu em valor de mercado só em 2014.
-76%, -66%, -64%, -61%, -52%… foi quanto algumas das principais ações da Bolsa brasileira, como Oi, Rossi Residencial, Usiminas, CSN e PDG Realty se desvalorizaram, respectivamente, no ano passado.
Dilma vai a Davos, Suíça, missão: recuperar a credibilidade, e estornar longos anos perdidos...