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  Se você pagar, eu paro de bater - Bernardo Filho

Data: 03/11/2019

 

Se você pagar, eu paro de bater

Bernardo Filho - Advogado e Jornalista


O episódio em que o porteiro do condomínio do Presidente Bolsonaro, na Barra da Tijuca (RJ) permitiu a entrada de um miliciano, implicado na morte da vereadora Marielle, dizendo que iria à casa do Presidente, (que por sua vez estava em Brasília, no dia e na hora divulgados pela Rede Globo, no Jornal Nacional, do dia 29/10/2019 ), resultou em uma declaração pública de revolta (extremamente justa diga-se de passagem) por parte do Presidente, que se vê, sistematicamente, coagido e atacado por este órgão de imprensa (não só este, como Folha de São Paulo e O Estadão, seguem no mesmo diapasão).

Por seu turno, a Rede Globo emitiu nota dizendo “ fazer jornalismo com seriedade”.

Ainda não consegui identificar onde está a seriedade do jornalismo feito pela Rede Globo, uma vez que Jornalismo deve ser exercido com isenção, baseado na veracidade dos fatos. A ideologia e os interesses econômicos deveriam passar ao largo disso. Até onde jornalismo de opinião é jornalismo sério? Jornalismo de opinião é válido para mensurar e comparar pontos de vista, serve de reflexão, baliza diferentes caminhos, mas não é a pura expressão de uma verdade absoluta.

Jornalismo sério, não é o que acontece com essa emissora: suas reportagens são seletivas e tendenciosas. Como diversão talvez ela seja imbatível; na informação, no entanto, talvez tenha sido, no passado, mas esqueceu como fazia.

Falar em seriedade, onde só se enxerga parcialidade tendenciosa, com jornalismo ideológico, informações produzidas, sem respeito a nada e a ninguém, revelam uma empresa cujo conteúdo de imprensa é de se lamentar profundamente. A vontade de desestabilizar o País para fomentar manifestações violentas está implicita como se depreende das intenções.

A Rede Globo, ao afirmar em sua nota que não faz “patifaria” e “canalhice” esquece de dizer e de admitir suas “omissões propositais”. Tenta, sim, desesperadamente, de todas as formas, forçar o governo a sentar em uma mesa e a negociar novamente, voltando a conceder-lhe os “gordos contratos” de publicidade das estatais e do próprio governo. Desde o fato das verbas publicitárias terem minguado, a estrutura inchada e pesada da Rede Globo se ressente.

Mas, como disse Bolsonaro, para que fazer propaganda dos Correios, tem mais alguém entregando cartas? Esta é a nova realidade: ao enxugar verbas, até então desperdiçadas, o governo trouxe para si, inimigos fidalgais que a bem da verdade só conhecem uma tática burra de negociar “me pague, para eu não bater em você “ ... “vou bater, até você não aguentar mais e aí paga para eu parar”.

Por oportuno e necessário, vale dizer que, em 2007, Lula renovou a concessão da Globo por 15 anos; ela vencerá em 15.04.2023, mas o Presidente poderá se manifestar um ano antes sobre a renovação ou não, e para a renovação serão necessárias certidões de regularidade fiscal e tributária, coisa que hoje a rede não tem. A Globo tinha o futebol patrocinado pela CEF, a Fórmula 1 patrocinada pela Petrobras, o Voleibol patrocinado pelo Banco do Brasil; a Fundação Roberto Marinho recebia verbas federais sem licitação e outras verbas governamentais publicitárias estimadas em 10 bilhões de reais. E a fonte secou.

Como bem disse o General Mourão, isto “perturba o serviço, mas não é suficiente para derrubar o governo “. O lamentável no todo é que as coisas boas que estão acontecendo no País, não chegam ao grande público, por conta das informações sonegadas pela grande mídia. Esta situação me remete à lembrança do falecido Ibrahim Sued que sempre dizia “os cães ladram e a caravana passa”.




 

 

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