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  Petrópolis e a política antecipada - Bernardo Filho

Data: 20/10/2019

 

Petrópolis e a política antecipada

Bernardo Filho - Advogado e Jornalista

 

Faz parte do folclore político a frase: “candidato eleito ontem já tem que começar a campanha pela reeleição hoje”. Sabemos que desde o momento da posse, o eleito já pensa em sua recondução ou sonha com um vôo mais alto. A ansiedade é dificilmente contida. Mas a política é dinâmica e inúmeras vezes as vontades são atropeladas pelos fatos, durante um mandato.

Aqui em Petrópolis, neste ano, diferentemente de anos passados, a antecipação da próxima campanha, se faz presente como nunca antes. O Grupo de situação (atual governo) com o pé embaixo no acelerador, iniciou suas articulações com muita antecedência; e os novos nomes que surgiram para o enfrentá-los no processo de reeleição, ainda não mostram consistência, tampouco força de agregação de pessoas, para a formação de um grupo político. Especula-se, a torto e a direito, quem enfrentaria com chances este único grupo político (Rossi) já estruturado.

Sabe-se, por exemplo, da intenção do atual prefeito, em mudar de partido, deixando o MDB (seu atual partido) e mudando-se de malas e bagagens para o DEM, com as bênçãos de Rodrigo Maia. O que não se sabe, é se ele já combinou com os russos (Picciani e família) sua vontade. Outrossim, os novos nomes que se autolançaram pré-candidatos, não decolaram ainda e dificilmente irão decolar, pelas mais diversas razões, todas elas de cunho pessoal de cada um.

Provavelmente o destino que escolherão para si, Rubens Bomtempo e Paulo Mustrangi (nomes já conhecidos e testados) possam vir a mexer em um quadro antecipado por Rossi, e pelos novos nomes. Quanto a Daniel Silveira, apesar de sua vontade de ser candidato, e para tanto aguarda a aprovação do presidente, acredito que deverá apoiar Rossi, com vistas a sua reeleição em 2022.

O sonho de alguns, de um bloco de união de opositores composto de nomes como Hugo Leal, Bomtempo, Mustrangi, Gilda Beatriz, LeandroAzevedp, está mais para especulações do que para uma realidade fática. Uma articulação difícil de ser posta em prática, sem esquecer de quem teria o protagonismo.

Quanto aos novos, que se precipitaram em se lançar précandidatos a prefeito, digo: um político, sob hipótese nenhuma, admite que teve uma má ideia. Sempre atribui a terceiros seus equívocos e insiste invariavelmente, em toca-los em frente, mesmo que se mostre, com o passar do tempo, que foi uma péssima e errada opção.

A grande questão hoje (já que eles se anteciparam) é saber se vai acontecer uma polarização, com chances de disputa, se existe esta possibilidade ou será um “todos contra Rossi” sem adversários competitivos. Neste ponto, nos perguntamos, o que nos reservam de surpresas os próximos meses? Por certo, poucos, muito poucos nomes, até o presente momento, se apresentam com viabilidades, e apesar das qualidades individuais de cada um, não vemos, ainda, um destaque em quem se possa apostar as fichas. Vamos aguardar.


 



 

 

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