Petrópolis, 29 de Março de 2024.
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  O PETROPOLITANO ACEITA O NÃO FACILMENTE

Data: 29/08/2016

 

O PETROPOLITANO ACEITA O NÃO FACILMENTE

Por: Antonio Pastori - Economista

 

Assistindo à sessão de julgamento da Presidente Dilma, uma coisa me chamou atenção e tem muito a ver com Petrópolis: o PT e o PCdoB, na sua desesperada e exaustiva tentativa de defenderem a presidente, lutam com ardor invejável. Não aceitam o Não dos fatos como resposta. Insistem, reiteram, replicam, ponderam, argumentam, reclamam, procrastinam, ganham tempo etc. Mas lutam, e como lutam pelo que acreditam! 

Ao meu ver, o grande problema em Petrópolis é que se aceita um solene Não na cara, muito  facilmente, com docilidade e conformismo. Tudo que nos empurram, pilham ou nos negam, aceitamos passivamente. 

Exemplos? 

1) O Imperador foi deposto e exilado, e nada fizeram aqui;

2) A cidade foi capital da Província por quase nove anos e depois foi transferida para Nictheroy. Não reclamaram;

3) Fizeram festa pela extinção dos bondes, em nome da "mudernidade";

4) Proibiram o jogo em 1946 e quebraram a cidade, turisticamente falando;

5) Em 1964 foi a vez do trem Rio-Petrópolis; arrancaram os trilhos e todos ficaram quietos;

6) A primeira obra que deveria ser feita na NSS-Nova Subida da Serra, deveria ter sido o Túnel Bingen-Quitandinha, mas o novo pedágio em Xerém veio primeiro; aceitaram os argumentos da Concer que ia prejudicar o tráfego em pista única nesse trecho e muito blá...blá...blá.

7) Perdemos a oportunidade do "boom" econômico da década 2000 a 2010, quando as torneiras dos Governos federal e estadual estavam abertas e o nosso relacionamento institucional com eles era excelente;

8) Não fomos beneficiados com nenhum legado de infraestrutura da Copa ou das Olimpíadas;

9) Os sem teto/moradores do Vale do Cuiabá esperam até hoje pelas residências prometidas;

10) Deixamos escapar a oportunidade de ter o trem Rio-Petrópolis de volta para a Copa e para as Olimpíadas; preferem continuar na dependência de mobilidade da BR-040, pagando um dos pedágios mais caros do Brasil, correndo riscos de acidentes, perdendo horas e horas no deslocamento. 

Poderia enumerar mais fatos, mas dez é um bom número e basta.

O que será pensam nossos candidatos à vereança e à gestão da prefeitura a esse respeito? Quais são seus grandes projetos para melhorar radicalmente a Cidade? Será que alguns deles pensam sinceramente em se empenhar pela volta do trem, com o mesmo empenho que estão fazendo os parlamentares que atuam na defesa da presidente? Ou será vão usá-lo como bandeira somente para angariar votos, considerando que temos quase 5.500 assinaturas pela sua volta no site manifestolivre.com.br?

Eu não aceito nenhum desses dez fatos acima, sobretudo o não para a volta do trem. Os incautos dizem que não tem viabilidade econômica, mas não provam. Em provei que tem, em 2007, e conquistei o Título de Mestre em Economia. Também dizem que não tem viabilidade técnica. Pois bem, para reforçar minha convicção técnica nesse projeto, estou concluindo, após dois anos de estudo, uma pós-Graduação em Engenharia Ferroviária. 

Quem quiser saber detalhes do projeto do trem, basta me contatar. Não cobro nada para palestrar.

antonio.pastorir53@gmail.com




 

 

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