Petrópolis, 19 de Abril de 2024.
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  RECORDAR É VIVER - Philippe Guédon

Data: 15/11/2018

 

RECORDAR É VIVER

Philippe Guédon *

 

            Dedico, com amizade, a Roberto Rizzo Branco, para a perpétua memória das coisas.

            Por oportuno, transcrevo trechos dos artigos que cometi: “A última etapa” e “O Oscar da LUPOS” em abril de 1998, vinte anos atrás, na Tribuna publicados.

            Lembro: a LUPOS foi elaborada entre final de 1997 e início de 1998, no Governo Leandro Sampaio, pelo Fórum Popular, pelos Técnicos da PMP e de todos os Órgãos estaduais e federais da área com jurisdição em Petrópolis. Na base da cidadania gratuita. O projeto pronto foi aplaudido pelo Prefeito que prometeu um almoço a todos os que se dedicaram durante seis meses e de mão beijada ao Projeto; se saiu o almoço, foram outros os comensais. Na Câmara, o Projeto foi chupado como laranja por Comissão Especial, serviu de base para a criação da COPERLUPOS e de emendas sórdidas. O Executivo estava a par? Não sei, decida o leitor. Guardo o bagaço da laranja com respeito: remember LUPOS!

            “Um grande projeto de LUPOS, elaborado em clima de absoluta participação, está sendo desfigurado por uma Comissão que só produziu duas minúsculas atas insossas, nega-se a dizer quem ouviu e usa do máximo arbítrio”.

            “Qualquer doideira, qualquer patifaria, pode ser proposta à COPERLUPOS criminosa, tal como prevista pelos vereadores Wilson e Ronaldo (...)”.

            “Se Petrópolis permitir que as emendas da Comissão passem , particularmente esta COPERLUPOS criminosa que está sendo proposta, sugiro que os nossos Canarinhos ensaiem o Réquiem”.

            “(Dentre os grandes líderes de Petrópolis), ninguém disse nada, ninguém deu a sua opinião, ninguém declarou se as emendas eram boas ou criminosas. Em matéria de “estou fora”, nota dez. Em matéria de cidadania, não dá para premiar”.

            “Mas o Dr. Paulo Rattes foi o único político de Petrópolis a ter a coragem de expressar as suas opiniões”.

            “As Forças Vivas da Comunidade estiveram mortinhas, ficaram na delas”.

            “A Comissão Especial da LUPOS assegurou que só haveria uma mudança feita pela Comissão e que não atingia os gabaritos definidos. Só a criatividade da COPERLUPOS deliberativa, Fórum Popular excluído, bastaria para dar-lhe status internacional”.

            “Parabéns ao Fórum Popular, o pária, o expulso dos Palácios, o excluído das bocas”.

            “Como a comunidade não entrou nessa briga para ganhar nada que não fosse o bem comum, não deu para sair perdendo.(...) Nada como a injustiça e a grosseria para unir a turma de baixo”.

            “Dentro de dez anos, veremos se as minhas palavras foram uma furada ou proféticas. Algo me diz que o Fórum Popular estará sentado em lugar de honra, que o Poder estará confiado a quem o merece e que os bambas da hora terão sido, piedosamente, esquecidos”.

            Está mais para “me ferrei”, avalio em 2018 e sobrevivente. Mas como permaneço na briga onde nada se ganha que não seja o bem comum, só me dá pena ver que o tema não evoluiu mais do que cem metros, passando do Casarão da Praça da Liberdade (Fernanda Colagrossi) para a vizinhança do Clube 85. O cast nem mudou tanto e a COPERLUPOS segue firmona! Quanto a Petrópolis, está no bagaço prometido, com mega-dívidas, os mesmos políticos ou parecidos tão calados quanto os de 98. A Comunidade? Continua querendo que suma a CIOPERLUPOS...

 

 

* Coordenador da Frente Pró-Petrópolis - FPP




 

 

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