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  Mustrangi conversa para aumentar base aliada na Câmara

Data: 08/01/2009

A minoria governista na Câmara ainda não está se articulando para fazer frente ao "grupo forte e coeso" do presidente Bernardo Rossi (PMDB). Enquanto Rossi segue se reunindo diariamente com os seus vereadores aliados, a provável bancada de Mustrangi na Casa espera por conversas com o presidente da Câmara e com o prefeito para costurar alianças. Até ontem, cinco parlamentares formavam a bancada situacionista, mas a expectativa é que, em poucos meses, o número suba para 11 ou 12, pois os vereadores "bairristas" dependeriam da aprovação de Mustrangi para fazer obras em seus bairros.

 

Na legislatura passada, as bancadas da situação e da oposição eram bem definidas (13 e dois vereadores, respectivamente), mas o começo desse mandato ainda não está muito claro. Wagner Silva (PPS) e João Tobias (PPS) são certos de ficarem do lado do prefeito, já que o PPS é partido aliado do PT.

 

"O Bernardo Rossi não falou antes conosco (bancada do PPS) porque éramos do grupo do Paulo Igor, mas acredito que mais para frente ele vá conversar. De início, deve ser complicado (aprovar projetos) por sermos do governo, mas com o passar do tempo vai ficando mais fácil", frisou Wagner.

 

No PSC, Márcio Muniz e Dr. Samir passam por um dilema. Por um lado, os dois possuem afinidades com a ala petista do governo, já que o PSC tem a direção da CPTrans e ainda pode conseguir a Agência Regional da Posse, pois o Mustrangi pediu ao Samir que indicasse um nome para o cargo. Por outro lado, o aliado de Mustrangi e deputado federal Leandro Sampaio (PPS) teme pelo crescimento do PSC no governo, já que Leandro é desafeto do também deputado federal Hugo Leal (PSC). No entanto, é provável que bancada do PSC vote com Mustrangi nos próximos quatro anos.

 

"Estou todo aberto para ele (Mustrangi), mas não pedi cargos. No dia da votação, falei que votaria no Bernardo, porque ele falou em parceria, e não em oposição. Acredito que não terei problemas em aprovar os meus projetos, pois a minha relação com todos os vereadores é muito boa", disse Samir.

 

O quinto vereador da situação até o momento seria Paulo Igor (PMDB). Embora do mesmo partido que Rossi, Paulo Igor foi convidado pelo Paulo Mustrangi nos últimos dias de 2008 para ser o candidato do governo à presidência da Casa. Derrotado antes mesmo da votação, Paulo Igor teria se queimado com o grupo de Rossi, mas ainda manteria uma certa proximidade com o prefeito. O próprio vereador confirmou que estará junto com Mustrangi nesse mandato.

 

"Vamos estar juntos com o Mustrangi. A princípio, ninguém está se colocando oposição ao governo. Não sei como ele (Mustrangi) pretendeu montar sua bancada, mas espero que não seja difícil aprovar nada, pois acredito que após a eleição do Bernardo, os vereadores já demonstraram que não têm um compromisso com ele e que são independentes", argumentou Paulo Igor.

 

O presidente da Casa, Bernardo Rossi, já falou, por mais de uma vez, que a sua vitória na presidência foi a vitória de "um grupo forte e coeso". O núcleo principal desse grupo seria a Mesa Diretora, formada por ele, Gil Magno (PSB), Renato Thomé (PSDC), Vadinho (PSB) e Thiago Damasceno (PV). Desde que assumiu, os cinco vêm se reunindo a todo vapor, e a portas fechadas, no gabinete de Rossi com mais alguns parlamentares mais próximos, como Baninho (PSB) e Jorginho Banerj (PSB).

 

 

Fonte: Diário de Petrópolis – 8 de janeiro de 2009.




 

 

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