Petrópolis, 18 de Abril de 2024.
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  Desrespeito a direitos expõe idosos ao risco em ônibus urbanos

Data: 26/11/2013

 

Andar de ônibus é um desafio para aquelas pessoas que possuem algum tipo de dificuldade de mobilidade. Sejam elas idosos, gestantes, portadores de necessidades especiais ou mães com crianças no colo. É cada dia mais raro encontrar passageiros dispostos a ceder seus assentos a estas pessoas.

Uma das cenas mais comuns nos ônibus urbanos de Petrópolis é se deparar com todos os bancos destinados aos passageiros especiais ocupados indevidamente. Idosos são obrigados a embarcar pela porta traseira do coletivo e contar com a boa vontade dos demais passageiros.

Recentemente, uma repórter da Tribuna embarcou em um coletivo da viação Expresso Brasileiro que faz a linha 103. Na parte dianteira do coletivo, cinco bancos reservados às gratuidades estavam ocupados – dois deles por crianças e um por uma adolescente. Uma mãe, que embarcou com uma criança no colo precisou passar pela roleta e contar com o apelo do cobrador para que algum passageiro cedesse o seu lugar. 

Muito mais que uma simples gentileza, ceder o lugar no ônibus é uma questão de segurança, tanto para o passageiro, que tem a sua mobilidade reduzida, quanto para o motorista. Em caso de uma freada brusca, o passageiro pode sofrer ferimentos e o motorista pode acabar sendo responsabilizado.

De acordo com a Setranspetro, os bancos destinados à gratuidade podem ser utilizados por qualquer passageiro, no caso de não haver prioridades no coletivo. Os motoristas são orientados a abrir a porta traseira no ônibus caso todos os bancos na parte da frente estejam ocupados. Isto porquê, também na parte de trás do veículo, há assentos marcados para portadores de necessidades especiais.

Ainda segundo a Setranspetro, para garantir a segurança desses passageiros, muitas vezes os motoristas e cobradores acabam fazendo o apelo para quem alguém ceda seu lugar. No entanto, esclarece a entidade, os profissionais não têm o poder para obrigar os passageiros a desocuparem os bancos marcados. O sindicato explica que já foram, inclusive, registrados casos de processos de pessoas que se sentiram intimidadas por precisarem sair das suas poltronas para que idosos, ou portadores de deficiência pudessem se sentar.

Como não há ainda uma lei que regulamente a situação, a Setranspetro iniciou uma campanha de cidadania. O objetivo é mostrar a população como pequenos gestos de gentileza podem facilitar o convívio das pessoas e melhorar a utilização dos coletivos. Além disso, a entidade também tenta conscientizar idosos e portadores de necessidades especiais para que eles tentem utilizar os ônibus fora dos horários de pico. 

 




 

 

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