Petrópolis, 19 de Abril de 2024.
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  Indústria têxtil se recupera em Petrópolis após saldosnegativos no primeiro semestre

Data: 26/09/2013

 A indústria têxtil em Petrópolis, que vinha num momento ruim desde o início do ano está conseguindo se recuperar, uma vez que registrou uma criação de emprego quatro vezes maior em agosto em comparação com janeiro de 2013, o que representa um aumento de 323%. O presidente do sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Petrópolis, Wanilton Reis, acredita que a melhora tenha ocorrido por causa das medidas tomadas pelo governo federal para desonerar a folha de pagamento de alguns setores, que inclui o têxtil, mas afirma que ainda é tímida a empregabilidade no setor na cidade.

O têxtil foi o que ajudou a impulsionar o setor da indústria da transformação, que conta com outros 11 subsetores no Caged. Em agosto, foram contratadas 226 pessoas e demitidas 171, o que resulta num saldo positivo de +55 vagas no mercado de trabalho, contra apenas +13 em janeiro, quando o registro era de 262 admissões e 249 desligamentos na área têxtil.

Depois do primeiro mês deste ano, a situação conseguiu piorar ainda mais, saindo do saldo positivo para o negativo em fevereiro (-100), após a quantidade de demissões (261) ter sido 62% maior do que de admissões (161). Em março, a indústria têxtil voltou para o azul (+41). Em abril, embora houvesse uma queda, manteve-se com saldo positivo (+10), mas a partir de maio (-9) passou a ficar numa situação crítica que se prorrogou até julho (-41) deste ano, uma vez que em junho também ficou no negativo com -32. Durante esses três meses que o setor têxtil ficou no negativo, significa que perderam vagas de trabalho, pois mandaram mais pessoas embora do que contrataram.

Somente em agosto que voltou ao positivo e ainda ajudou a impulsionar toda a indústria da transformação (+14), que engloba 12 subsetores, entre eles o têxtil.

- É bom esse número de agosto, mas poderia ser maior. Eu acho que é uma recuperação pequena, frente às vantagens que as indústrias estão tendo – disse Wanilton, referindo-se ao modelo de desoneração implantado pelo governo federal, permitindo que os empregadores dos setores beneficiados, como o têxtil, ficassem isentos de pagar a contribuição obrigatória de 20% do valor da folha de pagamento para o INSS. Por outro lado, as indústrias pagam 1% a 2% de seu faturamento bruto anual.

- As indústrias estão economizando com essa medida, mas não estão contratando o quanto deveriam e poderiam, por isso, é tímida a empregabilidade – afirmou o presidente do sindicato da categoria.

No geral, o setor realizou 492 admissões e 478 desligamentos, resultando em +14 vagas no mercado de trabalho.  Dos subsetores ficaram com saldo positivo, produção de alimentos, bebidas e álcool (+23); farmacêutica e veterinária (+9); produtos não metálicos (+2) e calçados (+1). Em baixa ficou a indústria do papel, editorial e gráfica, que fez 37 contratações contra 70 demissões, gerando um saldo negativo de -33 empregos. Em seguida estão mecânica (-14);  metalúrgica (-10); da madeira e do mobiliário (-9); da borracha, couros e similares (-8) e de material elétrico (-2). Com saldo zero ficou a indústria de material de transporte com seis contratações e o mesmo número de demissões.

Ao verificar todos os setores e subsetores, Petrópolis conseguiu obter um resultado positivo, uma vez que foram 2.571 admissões e 2.517 demissões, gerando um saldo de +54 postos de trabalho.

 




 

 

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