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  Netbooks para alunos estão em depósito há 7 meses

Data: 18/04/2012

  Mais de 13 mil computadores, destinados para a rede municipal de ensino, estão alocados, desde setembro, no depósito da Secretaria de Educação do Município, esperando para serem utilizados. As máquinas fazem parte do programa PRO-UCA (Um Computador por Aluno). Um requerimento foi protocolado na Câmara, pelo vereador Thiago Damaceno, para apurar a demora na distribuição dos equipamentos.

“Visitei a antiga Fábrica de Veludo, no Itamarati, onde atualmente funciona o depósito da Secretaria de Educação, e descobri que há 13.400 mil computadores que foram comprados pela Prefeitura e que estão desde setembro do ano passado parados”, afirmou Damaceno.

No requerimento formulado por Damaceno, foi questionada a demora da implantação do PRO-UCA na cidade. “Preocupa-me muito o fato de os computadores estarem guardados há sete meses. Será que o prefeito está querendo entregar em junho, julho, às vésperas da eleição?”, questionou. “Precisamos saber se os computadores estão bem armazenados, em condições de uso”, declarou.

No plenário, o vereador ainda citou matéria da Agência Brasil, que denunciava o mesmo problema em escolas do Distrito Federal. A reportagem mostrava falhas de infraestrutura, como internet precária e a falta de armários para armazenar os computadores da maneira correta. Na ocasião, o diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Sérgio Gotti, disse que se não houver a infraestrutura necessária para apoiar o projeto, a compra dos computadores vira “um tiro no pé”. “A aquisição pelos estados e municípios tem que ser uma escolha muito consciente. Se as escolas não têm estrutura suficiente para suportar, não têm conectividade, ele o laptop não vai ser trabalhado dentro de todo o seu potencial. Acaba que você não tem o efeito desejado”, declarou Sérgio Gotti à Agência Brasil.

O projeto PRO-UCA foi iniciado em 2009. A vinda dos computadores foi anunciada pelo ex-secretário de Educação, William Campos, na assinatura do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria, em agosto do ano passado. Além disso, o prefeito Paulo Mustrangi, no Desfile Cívico de 7 de setembro, afirmou que 15 mil netbooks estariam nas carteiras das escolas municipais. O governo federal, no entanto, parou de ceder os computadores em 2010 (quando o projeto chegou em Petrópolis): cada prefeitura ou Estado que quisessem participar do programa teriam que comprar, com descontos os computadores.

Faltam professores e internet em Centros de Inclusão Digital

De acordo com Damaceno, estes problemas de infraestrutura já acontecem nos Centros de Inclusão Digital, nos bairros Manoel Torres, Serrinha (no Alto Independência) e Alto da Derrubada. “Há mais de seis meses os centros estão montados, mas não funcionam por falta de conectividade e de professores”, denunciou.

“Isso me preocupa, porque, mesmo depois disso tudo, o prefeito quer começar a entregar os computadores, sem as condições adequadas, fica comprovado que a intenção é apenas eleitoreira. Espero que, antes do requerimento de informação aprovado, o prefeito e a Secretaria de Educação se pronunciem”, declarou.

 

FONTE: Tribuna de Petrópolis




 

 

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