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  Seis barreiras atingem Comunidade do Alemão

Data: 03/01/2012

Na Comunidade do Alemão, no Retiro, ocorreram seis quedas de barreiras, sendo que uma delas, na Rua Hans Bistritschan, atingiu uma casa. Não houve feridos, já que, segundo o boletim da Defesa Civil, uma mulher e os três filhos que moravam no imóvel foram encaminhados para a residência de vizinhos e atendidos por agentes da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac). O deslizamento ocorreu no início da tarde de ontem.
Os moradores acreditam que outras residências próximas possam estar em perigo, inclusive, uma delas acabou ficando na beira do barranco e, segundo o vice-presidente da Associação de Moradores da região, Cláudio Noronha, os imóveis foram construídos sobre uma minha de água.
Ao lado da Servidão Valdemar dos Santos, também na Comunidade do Alemão, num terreno cujo talude havia sido cortado, houve deslizamento de terra, colocando outras residências em risco e fechando o principal acesso à servidão.
- O dono do terreno começou a cortar o talude há uns cinco meses e o pessoal já tinha avisado que poderia cair – disse o morador Marco Antonio Kinkin, que já foi presidente da associação de moradores do local.
Cristina da Silva, vizinha do terreno que deslizou, saiu de casa para evitar correr riscos. – Está caindo lama ainda e a minha casa é logo em cima. Tive que sai porque está muito arriscado – declarou.
Um outro deslizamento na rua Antonio Alfredo da Silva destruiu as escadarias que davam acesso à parte de cima da Rua Hans Bistritschan. De acordo com a moradora Arlete Ferreira Massi, que está há 30 anos no local, a queda de barreira já era uma situação anunciada.
- Já briguei com o antigo presidente da associação de moradores para não fazer a garagem e nem ficar fazendo movimentação de terra porque aqui é uma área de erosão. Nem o ônibus poderia passar na rua de cima por causa disso. Também já tirei lixo várias vezes do telhado e do terreno da minha casa porque o pessoal de cima joga mesmo, não são todos, mas boa parte não tem educação – declarou.
O ex-presidente da Associação de Moradores da Comunidade do Alemão que Arlete se refere é Joel Martins, que se defende. – Eu não fiz intervenção algum no local. O problema ali é o lixo – declarou.
O atual representante da comunidade, Fernando Esteves da Silva, afirmou que a coleta realizada vem sendo insuficiente, o que ajudou a ocorrer o deslizamento de terra.
- Aqui é bastante lixo, sempre ligamos para a Comdep e é difícil vir. Eles só aparecem uma vez por semana e a última vez que vieram foi na véspera de Natal (dia 24). A lixeira fica lotada e o lixo acaba indo para o barranco – disse.
Também na Rua Antonio Alfredo da Silva, dois deslizamentos de terra nos fundos do imóvel da moradora Rosana de Araújo estão tirando o sono da família. – Já caíram duas barreiras de ontem (último domingo) para hoje (ontem) atrás da minha casa. A Defesa Civil esteve aqui e disse que vamos ter que esperar a chuva parar para poder tirar a terra daqui, mas não pediu para a gente sair – declarou.
Logo na primeira curva da Rua Hans Bistritschan houve ainda um pequeno deslizamento de terra. Por causa das demais ocorrências na comunidade, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTrans) interditou a via, o que deixou os moradores sem transporte coletivo. A Defesa Civil esteve no local fazendo vistorias e acionou tratores e equipes da Secretaria de Obras e da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) para fazer a limpeza do local e também liberar a pista na Rua Antonio Alfredo da Silva, cuja barreira impedia a passagem de veículos e pedestres.

Fonte: Diário de Petrópolis, Terça-feira, 3 de janeiro de 2012.




 

 

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