Insatisfeitos com a demora em uma solução para a questão das casas que estão na chamada área de exclusão, delimitada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) após as chuvas de janeiro, uma comissão com mais de 35 moradores do Vale do Cuiabá esteve ontem no escritório da Casa Civil do Estado, montado no Shopping 2000, para cobrar mais agilidade e acesso a informações sobre os processos daqueles que já foram cadastrados. Umas das reivindicações dos moradores foi atendida e ontem mesmo eles começaram a receber os números de protocolos que comprovam que a documentação está sendo entregue ao estado para que as negociações tenham início. Mais de 300 famílias das áreas atingidas, entre moradores da Estrada do Gentio e do Vale do Cuiabá, já estariam cadastradas pelo Inea.
“A entrega de protocolos não é uma prática comum nestes processos, nem mesmo nos casos do PAC isso foi feito, mas a solicitação da associação de moradores foi levada aos órgãos do estado e os protocolos já estão disponíveis. Algumas pessoas que estiveram aqui pela manhã já pegaram. Esta não é uma prática de praxe, mas entendemos que se os moradores se sentem mais seguros assim, os protocolos já estão disponíveis para que eles possam acompanhar o processo”, disse em reunião ontem com os moradores uma representante do estado, identificada apenas como Ruth. Questionada pela Tribuna, ela informou não estar autorizada a dar entrevista.
Moradores querem também ter acesso a informações sobre seus processos, para que possam  verificar o andamento do mesmo. Representantes do Centro de Defesa dos Direitos Humanos que acompanham a situação dos moradores estiveram na reunião e vão solicitar informações sobre cada um dos processos. “Além do protocolo, os moradores querem ter cópias dos seus processos individuais, para que possam verificar como está a sua situação.
Eles têm direito a isso. Conversamos com os representantes do estado aqui hoje e eles disseram para encaminharmos o requerimento de cada um dos moradores à coordenadora de Trabalho Social. Os moradores já estão preenchendo este documento para que possamos encaminhá-lo”, explica o representante do CDDH, Sérgio Hammes.

Fonte: Tribuna de Petrópolis