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  Técnicos do Inea concluem levantamento de áreas de risco iminente no Vale do Cuiabá

Data: 01/06/2011

Técnicos do Inea concluem levantamento de áreas de risco iminente no Vale do Cuiabá

 

            Cento e trinta e nove dias após as chuvas que causaram a morte de 74 pessoas na região de Itaipava, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) concluíram os estudos de  zoneamento da área de risco iminente de inundação na região do Vale do Cuiabá, em Itaipava. O  novo zoneamento de área da região atingida, que vai criar uma faixa de exclusão às margens dos rios Carvão e Cuiabá, será encaminhado ainda nesta semana para o Ministério Público e para a Prefeitura. A idéia é não permitir mais a ocupação de áreas às margens de rios em áreas consideradas de preservação permanente (APPs). Por conta dela, será necessário remover boa parte de imóveis em áreas atingidas pela chuvas de janeiro, entre as quais a localidade conhecida como Buraco do Sapo.

            O município ficará encarregado de agendar uma reunião entre moradores da região e representantes do Inea. O estudo aponta pelo menos dois pontos bastante críticos: a localidade conhecida como Buraco do Sapo – onde dezenas de casas foram destruídas em janeiro – e uma área às margens da Estrada Ministro Salgado Filho, próxima ao ponto final do ônibus, onde casas também foram arrastadas, provocando a morte de moradores. De acordo com o engenheiro do Inea e coordenador do estudo na Região Serrana, José Edson Falcão de F. Júnior, o estudo levou em conta as áreas de bota fora e aterros feitos na região do Vale do Cuiabá após as chuvas.  

            “Fizemos um levantamento com base na situação atual do Vale do Cuiabá. Este estudo identificou áreas com grande possibilidade de inundação, onde moradores correm o risco de perder suas vidas por conta de cheias do rio. Antes da divulgação pública desses dados, vamos repassá-los à Prefeitura, que vai intermediar o contato do Inea com os moradores. A intenção do Inea é fazer uma reunião grande com os moradores, se possível já no início da semana que vem, para que possamos apresentar esse estudo à população, explicar o que foi feito até agora e conversar com eles sobre o que vai acontecer. Quero frisar que neste primeiro momento nenhuma casa vai ser destruída”, afirma o coordenador do Inea.

            Edson explica, no entanto, que o objetivo do Inea é retirar, antes do próximo verão, as famílias que tenham moradias construídas dentro da chamada faixa de exclusão. “As orientações serão passadas aos moradores, em especial àqueles que têm suas moradias em áreas com alto risco de inundação. A princípio as casas não serão destruídas. Os moradores que terão que sair serão cadastrados e poderão ser incluídos em programas do governo como o aluguel social, receber indenização ou ser encaminhados para a compra assistida”, explica Edson Falcão.
Edson Falcão lembra que o primeiro passo será a formalização do cadastro dos moradores e avaliação dos imóveis.

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis, 01 de junho de 2011




 

 

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