Thaciana Ferrante - A partir de sexta-feira a tarifa dos estacionamentos rotativos da cidade estarão mais caras. A Companhia Petropolitana de Trânsito e Trans, CPTrans, foi autorizada através do decreto n° 258, de 25 de novembro de 1998, a aumentar a cobrança do serviço para R$ 3 a hora, e para R$ 4 no rotativo localizado na Rua do Imperador durante o mesmo tempo. A decisão foi publicada no Diário Oficial no dia 1 de junho e já está sendo informada aos usuários desde segunda-feira, pelos próprios controladores de rotativo.
A medida foi baseada no fato de não ocorrer reajuste desde dezembro de 2011, haver a necessidade de estimulo à efetiva rotatividade no uso dos estacionamentos, e de ser inevitável custear a manutenção do serviço. Apesar da justificativa os petropolitanos não se mostraram satisfeitos com o reajuste e questionaram o aumento devido a proposta de privatização, que pode ser concretizada no dia 15 desde mês.
“É um aumento desnecessário, tendo em visto que já não temos onde estacionar aqui na cidade e está prestes a sair uma decisão que pode mudar o quadro atual dos estacionamentos rotativos. Isso estimula com que nós consumidores voltemos a ficar a mercê dos estacionamentos particulares”, reclamou a administradora Ana Carolina de Oliveira.
A empresária Renata dos Santos também não é a favor do aumento. “Definitivamente está impraticável ter carro em Petrópolis. Diante de tantos aumentos que vem ocorrendo, se deparar com mais essa é de fato muito ruim”, afirmou.
De acordo com o controlador de rotativo Luis Carlos Cruz, a mudança já está sendo informada a população. “Para evitar maiores surpresas e transtornos, fomos instruídos a dar o aviso aos usuários do serviço. Apesar da maioria ficar bem chateada, estamos fazendo o nosso trabalho”, ressaltou.
Licitação da privatização de rotativo será definida este mês
A licitação para definir a empresa que vai explorar os estacionamentos rotativos de Petrópolis por dez anos está prevista para o dia 15 de junho. A cidade deve ganhar mil novas vagas com a subconcessão do serviço. O valor estimado do contrato é de R$ 94.541.847,92. A concorrência pública chegou a ser suspensa três vezes pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
“Acredito que dessa vez não deva dar nada de errado, tendo em vista que o TCE não se pronunciou mais sobre o assunto. A princípio nos foi passado que nós controladores seremos remanejados para outros setores após a privatização, e que ninguém perderá seu emprego. Mesmo assim é uma situação que sempre deixa os trabalhadores apreensivos”, disse.