A notícia da subconcessão das 700 vagas de estacionamento rotativo de Petrópolis, divulgada pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes de Petrópolis (CPTrans) provocou reações na Câmara Municipal.
A notícia da subconcessão das 700 vagas de estacionamento rotativo de Petrópolis, divulgada pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes de Petrópolis (CPTrans) provocou reações na Câmara Municipal. Vários vereadores se manifestaram contrários à iniciativa e informaram que vão questionar o presidente da CPTrans, Gilmar de Oliveira, sobre os motivos da terceirização do serviço. O assunto foi debatido inicialmente pelo presidente da Casa, vereador Paulo Igor (PMDB), que anunciou que encaminhará nesta sexta-feira um pedido de informações à CPTrans. Paralelo a isso uma audiência pública será marcada para discutir o assunto.
“Numa cidade em que os estacionamentos estão entre as atividades mais rentáveis, a cobrança de rotativo em áreas públicas vem dando prejuízo à CPtrans. Os números divulgados pela empresa não batem. Diariamente os rotativos funcionam durante 9h, mas no cálculo da CPTrans estas vagas ficam ocupadas menos de 3h", diz Paulo Igor.
O presidente explicou ainda que além de encaminhar um pedido de informações à CPTrans, o departamento jurídico da Casa também avalia se a subconcessão, que dará direito a exploração dos rotativos pelo prazo de 10 anos, é legal. “A CPTrans precisa explicar ainda como o número de vagas que hoje é de 700 passará para 1.700 – um aumento de mais de 150%”, completa o vereador Silmar Fortes.
Os vereadores Osvaldo do Vale e Jorge Martins (ambos do PSB) também manifestaram preocupação com a terceirização das vagas. “Temos que saber em que locais serão abertas estas novas vagas. Esta casa precisa se aprofundar mais neste assunto, pois ele interefere no dia a dia da cidade”, disse Vadinho. “Os números divulgados realmente não batem. Se o número de vagas vai aumentar, não há porque terceirizar este serviço”, completa o vereador Jorginho do Banerge.
O vereador Anderson Juliano (PT) sugeriu que o presidente da CPTrans seja convidado a dar explicações sobre a administração da Companhia. “A meu ver esta subconcessão tem como pano de fundo o fim da CPTrans. É importante que o presidente da Companhia venha a esta casa para nos dar informações sobre a administração da CPTrans e esclarecimentos sobre a arrecadação da empresa. A CPTrans já terceirizou o serviço de reboque, agora quer fazer esta suceoncessão das vagas de rotativo. A meu ver esta subconcessão é um negócio que tem como pano de fundo o fim da Companhia”, considera o vereador Anderson.
A data da audiência pública está sendo definida. “Vamos encaminhar nesta sexta-feira o pedido de informações e abrir um debate com a sociedade em uma audiência pública ainda este mês. Além de convidar a sociedade a participar destes debates, a Câmara convidará também os funcionários da CPTrans. Isso será feito por conta do risco aos empregos destas pessoas por conta dessa possibilidade de fim da Companhia”, explica Paulo Igor.