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  Falta de acessibilidade é motivo de reclamação em Petrópolis

Data: 24/09/2014

Falta de acessibilidade é motivo de reclamação em Petrópolis

Diário de Petrópolis, Quarta-feira, 24 de setembro de 2014

 

Jeferson Marques

 

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR950), a Acessibilidade é definida como "a condição para utilização com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação por uma pessoa com de?ciência ou com mobilidade reduzida". 

 

Embora seja inegável a importância de um ambiente adaptado para o acesso de pessoas com deficiência, muitos estabelecimentos ainda não se ajustaram às necessidades dos cadeirantes, por exemplo.

 

Em Petrópolis, muitos ambientes comerciais e públicos não estão preparados para receber o público que possui alguma limitação ou dificuldade na locomoção, e isso acaba causando, além de transtornos, muito constrangimento.

 

Jovem encontra dificuldade para entrar em lanchonete

 

No início do mês, a estudante Gabriela Pinto entrou em contato com o Diário para protestar sobre a falta de acessibilidade em uma lanchonete fast-food, no Centro Histórico. Ela relatou que acompanhava o amigo cadeirante Pedro Fernandes, de 22 anos, ao estabelecimento. Na ocasião acontecia uma campanha com o objetivo de arrecadar fundos para um instituto que trata de crianças com câncer, mas Pedro teve dificuldades para participar da iniciativa, pois o evento acontecia no segundo andar da loja.

 

Como o ambiente não possui elevador, os organizadores precisaram “improvisar” uma mesa na entrada da lanchonete, no trajeto utilizado pelos frequentadores.

 

- Chamamos a organizadora do evento em Petrópolis e ela simplesmente lamentou por Pedro não poder subir. No máximo providenciaria uma mesa no meio da fila – contou Gabriela.

 

Ela relatou ainda que, além das dificuldades com a falta de equipamentos que facilitassem o acesso, também não pode contar com a ajuda dos voluntários que trabalhavam na campanha.

 

- Ninguém se dispôs a ajudar o Pedro a subir. Os funcionários disseram que não poderiam fazer nada – completou.

 

Para Pedro, alguns empresários se preocupam em adequar o espaço a quem tem necessidades especiais, mas a falta de consciência ainda prevalece.

 

- A situação está melhorando, mas na maioria das vezes não somos respeitados. Acho que isso pode ser mudado através de debates e palestras em escolas e faculdades, mostrando a importância de um mundo igual para todos. É um processo longo e demorado, mas tem que ser feito.

 

Petrópolis tem campanha pela integração das pessoas

 

Para chamar a atenção para a importância da integração das pessoas com deficiência ao convívio na comunidade, foi realizado na última sexta-feira (19), no calçadão do Colégio Estadual Dom Pedro II (antigo Cenip), no Centro, um evento em referência ao Dia Nacional das Pessoas com Deficiência, comemorado no domingo (21).

 

A presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência e do Idoso, vereadora Gilda Beatriz, falou sobre a causa.

 

- Temos o objetivo de trazer o deficiente para o dia a dia da sociedade, isso é bom para todo mundo. É um prêmio perceber a felicidade com a qual eles ficam quando recebem uma atenção especial.

 

A vereadora destacou que tem percebido um panorama favorável depois das últimas campanhas em prol da conscientização e da integração das pessoas com deficiência.

 

 

- As pessoas nos procuram para trocar experiências e conversar sobre as campanhas, felizmente temos recebido um retorno bastante positivo da população – declarou Gilda.




 

 

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